Genial/Quaest: Lula amplia vantagem sobre Tarcísio e venceria todos os adversários em 2026; cresce rejeição à anistia dos condenados de 8 de janeiro

translate

Brasília - 22.05.2023 - Foto da Fachada do Palácio do Planalto em Brasília. Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil

Levantamentos da Genial/Quaest divulgados nesta quinta-feira, 9, mostram um cenário de fortalecimento político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a pouco mais de um ano das eleições de 2026. O presidente aparece à frente de todos os possíveis adversários tanto no primeiro quanto no segundo turno e, paralelamente, conta com apoio majoritário da população em temas sensíveis, como a rejeição à anistia dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

No campo eleitoral, Lula lidera todos os cenários simulados pela pesquisa. No primeiro turno, o petista varia entre 35% e 43% das intenções de voto, dependendo da lista de candidatos. No segundo turno, venceria todos os rivais testados, incluindo nomes cotados da direita e centro-direita, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo), Eduardo Leite (PSD), Ronaldo Caiado (União Brasil) e Eduardo Bolsonaro (PL).

O principal adversário neste momento é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que vinha se aproximando de Lula até o primeiro semestre, mas voltou a perder terreno nos últimos levantamentos. Em maio, a disputa estava em empate técnico (41% a 40%), mas agora o presidente ampliou a diferença para 12 pontos percentuais: 45% a 33%.

Outros 19% declararam voto em branco ou nulo, e 3% estão indecisos. A margem de erro é de dois pontos percentuais, e o nível de confiança, de 95%. A pesquisa ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais, entre 2 e 5 de outubro.

Entre os demais cenários, Lula tem vantagem de 9 pontos sobre Ciro Gomes (PDT)41% a 32% —, e amplia a dianteira contra governadores: 45% a 22% sobre Eduardo Leite (PSD-RS), 47% a 32% sobre Romeu Zema (Novo-MG), 46% a 31% sobre Ronaldo Caiado (União-GO) e 46% a 31% sobre Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Na intenção de voto espontânea, Lula é citado por 19% dos eleitores, seguido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com 6%, apesar de estar inelegível. Michelle Bolsonaro, Tarcísio e outros nomes somam 1% cada; 69% ainda não sabem em quem votar.

O levantamento também foi realizado em meio a uma semana politicamente turbulenta para o governo. Na quarta-feira (8), a Câmara dos Deputados derrubou a Medida Provisória que aumentaria impostos sobre bancos, fintechs e casas de apostas — texto que visava compensar a redução do IOF e ampliar a arrecadação. O Planalto atribuiu parte da articulação contrária ao governador Tarcísio, o que ele nega.


Rejeição à anistia e à PEC da Blindagem reforça percepção de apoio ao governo

Outra pesquisa Genial/Quaest reforça a tendência de fortalecimento político do governo Lula em meio ao debate sobre temas institucionais. A rejeição à anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro aumentou e chegou a 47% dos entrevistados, que são contrários a qualquer tipo de perdão. Outros 35% defendem a anistia para todos os envolvidos, inclusive o ex-presidente Jair Bolsonaro, e 8% apoiam a medida apenas para manifestantes.

O estudo também mediu a percepção pública sobre o projeto de lei da Dosimetria, que propõe reduzir as penas impostas aos condenados dos atos golpistas. Mais da metade (52%) dos entrevistados se declararam contrários à proposta — defendendo que as punições foram justas —, enquanto 37% apoiam a redução, considerando as sentenças severas demais.

A PEC da Blindagem, que pretendia limitar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Ministério Público, dificultando a prisão de parlamentares, também é rejeitada por 63% dos brasileiros. Apenas 22% se disseram favoráveis à medida, que chegou a ser aprovada na Câmara, mas foi arquivada pelo Senado no fim de setembro, após forte reação de movimentos sociais, juristas e artistas.

Essas mobilizações públicas foram apontadas pela Quaest como um fator de fortalecimento político do presidente. Para 39% dos entrevistados, Lula saiu mais forte após os protestos, enquanto 30% avaliam que ele ficou enfraquecido.

O levantamento, também realizado entre 2 e 5 de outubro com 2.004 entrevistas presenciais, tem margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.


Imagem destacada: Antônio Cruz/ Agência Brasil

Receba as novidades no seu email

* indica obrigatório

Intuit Mailchimp

Os artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da RED. Se você concorda ou tem um ponto de vista diferente, mande seu texto para redacaoportalred@gmail.com . Ele poderá ser publicado se atender aos critérios de defesa da democracia..

Gostou do texto? Tem críticas, correções ou complementações a fazer? Quer elogiar?

Deixe aqui o seu comentário.

Os comentários não representam a opinião da RED. A responsabilidade é do comentador.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress

Gostou do Conteúdo?

Considere apoiar o trabalho da RED para que possamos continuar produzindo

Toda ajuda é bem vinda! Faça uma contribuição única ou doe um valor mensalmente

Informação, Análise e Diálogo no Campo Democrático

Faça Parte do Nosso Grupo de Whatsapp

Fique por dentro das notícias e do debate democrático