Segundo coordenador do Ibama, ainda há presença de grupos armados com disposição à violência
Matéria da Folha de São Paulo deste sábado, 11, traz informações do Ibama sobre a continuidade do fluxo de invasores na Terra Indígena Yanomami. Equipes do Ibama detectaram um fluxo de embarcações de garimpeiros com combustível e mantimentos entrando na região, sendo “um indicativo da continuidade da atividade de exploração de ouro e cassiterita apesar das ações para seu desmonte”.
A publicação revela que “agentes do órgão ambiental federal constataram a disposição de grupos de invasores armados à resistência e ao enfrentamento a forças policiais que passaram a operar para destruição de aeronaves e maquinários e para a retirada dos garimpeiros”. E que esses problemas “dão uma dimensão da complexidade e do tamanho do problema da invasão garimpeira na área yanomami, que contou com a conivência e o estímulo do governo Jair Bolsonaro (PL)”.
O coordenador das ações de fiscalização do Ibama na terra yanomami, Givanildo dos Santos Lima, afirmou a Folha que nunca viu uma destruição tão grande e tanta gente envolvida em crime ambiental e que “enquanto tem gente saindo, tem gente entrando. As equipes abordaram 20 embarcações de gente entrando pelo rio Uraricoera, com combustível, comida e fogão”.
A matéria ainda frisa que os garimpeiros estavam acostumados a ações pontuais no governo Bolsonaro, com presença de agentes do Ibama e da PF apenas por alguns dias, o que permitia esconderijos na mata e permanência nas áreas de garimpo. Agora, porém, o plano é de uma ação contínua, que só termina quando retirar todos os garimpeiros.
Foto: Ibama/Divulgação