Extrema-direita pós-Bolsonaro: quem lidera a sucessão em 2026

translate

Os rumos da extrema-direita no Brasil pós-Jair Bolsonaro - Imagem gerada por IA ChatGPT

Por REDAÇÃO RED – REDE ESTAÇÃO DEMOCRACIA

Extrema-direita no Brasil pós-Bolsonaro: entre a radicalização e a disputa por moderação

Com a condenação definitiva de Jair Bolsonaro pelo STF a mais de 27 anos de prisão por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado, a extrema-direita brasileira entra em um novo período de disputa interna. Sem seu líder central, os diferentes atores do campo conservador se movimentam para ocupar espaços, articular alianças e definir os rumos do bolsonarismo.

Extrema-direita no Brasil pós-Bolsonaro: entre a radicalização e a disputa por moderação

A ausência de Bolsonaro das disputas eleitorais abre um vácuo que diferentes nomes tentam preencher. Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Ratinho Jr., Ronaldo Caiado e Eduardo Leite são os principais cotados para representar esse eleitorado em 2026.

Michelle Bolsonaro tende a atuar como líder simbólica, com forte conexão com o público evangélico. Sua atuação deve ser mais discursiva e emocional, com possibilidade de disputa por uma vaga no Congresso Nacional.

Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, desponta como principal nome do bolsonarismo com viabilidade eleitoral nacional. Recentemente, prometeu que indultaria Bolsonaro como primeiro ato presidencial, declarou não confiar na Justiça brasileira e se alinhou visualmente à agenda MAGA. Esses movimentos ampliam sua força entre os radicais, mas também abrem flancos com setores moderados e nacionalistas.

Romeu Zema, governador de Minas Gerais, e Ratinho Jr., do Paraná, mantêm forte conexão com o empresariado e com setores conservadores regionais. Embora mais discretos, não descartam voo nacional. Zema, em especial, tenta se consolidar como uma direita tecnocrática, de perfil gerencial.

Ronaldo Caiado, governador de Goiás, busca interlocução com o agronegócio e a bancada do boi, com discurso firme em segurança e valores tradicionais. Se apresenta como candidato de união da direita ruralista, mas enfrenta limitações de projeção nacional, já que sua retórica tende a ter menos apelo em grandes centros urbanos.

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, tenta se equilibrar entre uma direita moderada e o legado bolsonarista. Sua assunção como homossexual o afasta de setores evangélicos mais radicais e da ultradireita moralista, mas lhe rende apoio de segmentos liberais em costumes. Com forte adesão a pautas neoliberais, aposta na gestão eficiente e no discurso de institucionalidade.

Bancadas BBBB e o papel do Centrão

A base parlamentar bolsonarista, formada pelas bancadas do boi, da bala, da bíblia e pelos aliados fiéis ao ex-presidente, segue como um dos pilares mais organizados da extrema-direita. Com forte presença no Congresso, essas bancadas pressionam por anistia e indulto, organizam frentes contra o STF e articulam campanhas nos estados. Elas são vitais para sustentar qualquer projeto de continuidade do bolsonarismo, inclusive sem Bolsonaro.

Apesar disso, o pragmatismo reina: se Tarcísio se consolidar como herdeiro natural, essas bancadas devem migrar rapidamente para seu entorno, abandonando Bolsonaro na próxima curva. O mesmo pode ocorrer com Zema ou Caiado, caso apresentem viabilidade eleitoral. O apoio dependerá de quem oferecer maior retorno político e garantir a manutenção de pautas conservadoras no Congresso.

O Centrão, como de costume, adotará postura de observação estratégica. Enquanto mantém pontes com o governo Lula, prepara terreno para alianças úteis com quem liderar as pesquisas à direita. Pode ser Tarcísio, Zema ou mesmo Leite, desde que garanta a continuidade do orçamento secreto e cargos de alto interesse.

Sanções de Trump e conexão com o MAGA

A imposição de sanções econômicas e diplomáticas dos EUA ao Brasil, lideradas por Donald Trump, fortaleceu os vínculos simbólicos entre o bolsonarismo e o movimento MAGA. As sobretaxas sobre produtos brasileiros e restrições de visto a ministros do STF são usadas como munição narrativa por bolsonaristas. Tarcísio, ao se alinhar publicamente às medidas e ao simbolismo MAGA, ganha o apoio da base mais radical, mas se arrisca a ser percebido como submisso a interesses estrangeiros.

Evangélicos e o papel de Silas Malafaia

Lideranças neopentecostais, como o pastor Silas Malafaia, seguem mobilizando fiéis em defesa de Bolsonaro. O movimento “Reaja Brasil” pressiona pela anistia e denuncia o STF como autoritário. Michelle Bolsonaro aparece como figura central nesse grupo, com capital simbólico elevado entre as mulheres evangélicas.

Apesar da condenação, o legado do bolsonarismo permanece forte entre evangélicos, principalmente nos segmentos que veem a política como extensão de sua atuação religiosa.

Perspectivas eleitorais: quem herda o bolsonarismo?

As pesquisas apontam que Tarcísio de Freitas lidera a corrida entre os herdeiros do bolsonarismo. Em levantamento da AtlasIntel em São Paulo, ele aparece com 38% das intenções de voto, empatado tecnicamente com Lula (34%). Também lidera o engajamento digital entre presidenciáveis da direita.

Eduardo Leite aparece mais atrativo para o eleitorado conservador moderado, mas ainda com pouca capilaridade nacional. Sua maior chance está em consolidar alianças com partidos de centro e se apresentar como alternativa institucional à radicalização. Zema, Caiado e Ratinho Jr. correm por fora, mas podem se beneficiar de eventual desgaste de Tarcísio ou divisão entre os radicais.

Os filhos de Jair Bolsonaro, especialmente Eduardo, Flávio e Carlos, também seguem como peças relevantes nesse tabuleiro. Podem disputar mandatos legislativos ou atuar como articuladores em redes sociais e eventos públicos. Sua atuação pode tanto fortalecer a coesão da base bolsonarista, caso mantenham alinhamento estratégico com Tarcísio ou Michelle, quanto aprofundar divisões, especialmente se houver disputa por protagonismo ou divergências quanto à sucessão.

Quadro comparativo: presidenciáveis da direita

NomeBase principalRiscos/FlancosChances em 2026
Tarcísio de FreitasBolsonaristas radicaisAlinhamento com MAGA, sanções dos EUA, confronto com STFAltas entre radicais, médias entre moderados
Eduardo LeiteDireita liberal moderadaRejeição de evangélicos radicais, pouca projeção nacionalMédias, depende de alianças
Romeu ZemaEmpresariado, tecnocratasBaixa empatia popular, perfil distanteMédias, com chance se houver racha
Ratinho Jr.Conservadores regionaisPouca visibilidade fora do ParanáBaixas, pode ser vice viável
Ronaldo CaiadoAgronegócio, interior conservadorRejeição urbana, discurso antigoMédias, pode compor aliança maior
Michelle BolsonaroEvangélicos bolsonaristasAusência de experiência política, papel simbólicoBaixas a médias, como puxadora de voto
Filhos de BolsonaroRadicais digitais, base fielPossível divisão interna, personalismo, rejeição amplaMédias como puxadores de voto, baixas como líderes nacionais

Esta matéria foi redigida com apoio de inteligência artificial, utilizando o ChatGPT da OpenAI para pesquisa, estruturação e análise de dados, com curadoria e revisão editorial da redação da RED.


Ilustração da capa: Gerada por IA ChatGPT

Tags:
Bolsonaro, extrema-direita, Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Eduardo Leite, MAGA, STF, sanções dos EUA, bancada BBBB, Centrão, Romeu Zema, Ratinho Jr, Ronaldo Caiado, filhos de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, evangélicos, política 2026, sucessão presidencial, Reaja Brasil, Silas Malafaia

Receba as novidades no seu email

* indica obrigatório

Intuit Mailchimp

Os artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da RED. Se você concorda ou tem um ponto de vista diferente, mande seu texto para redacaoportalred@gmail.com . Ele poderá ser publicado se atender aos critérios de defesa da democracia..

Gostou do texto? Tem críticas, correções ou complementações a fazer? Quer elogiar?

Deixe aqui o seu comentário.

Os comentários não representam a opinião da RED. A responsabilidade é do comentador.

Uma resposta

  1. Poderia o articulista conceituar e significar Extrema Direita ? Vejo falta de conexão de seu significado com a maioria dos citados. Respeito ao intelecto dos leitores é importante. Sigamos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress

Gostou do Conteúdo?

Considere apoiar o trabalho da RED para que possamos continuar produzindo

Toda ajuda é bem vinda! Faça uma contribuição única ou doe um valor mensalmente

Informação, Análise e Diálogo no Campo Democrático

Faça Parte do Nosso Grupo de Whatsapp

Fique por dentro das notícias e do debate democrático