Evangélicos: Bolsonaro perde apoio, mas antiesquerdismo segue forte

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O posicionamento político dos evangélicos é tema de matéria da Folha de São Paulo desta segunda-feira

Ainda que Bolsonaro venha perdendo apoio publico dos líderes evangélicos, o discurso antipetista segue forte. A matéria da Folha destaca o comportamento de três pastores bastante conhecidos no país que corroboram tal afirmativa.

André Valadão, Silas Malafaia e Edir Macedo, entusiastas e defensores de Bolsonaro, baixaram o tom após a derrota do ex-presidente, ainda mais após sua fuga para os Estados Unidos. Mas apesar de críticas publicas à letargia do ex-mandatário, sempre há a presença de elogios ou justificativas para o seu legado político. Além disso, as manifestações com relação ao governo de Lula são, na maioria da vezes, dúbias, não deixando claro se tratar de uma trégua ou uma crítica.

Um exemplo disso seria a resposta de Valadão a um seguidor  no Instagram que perguntou se ele batizaria o Lula. Líder na Igreja Batista da Lagoinha, baseado na mesma Flórida onde por ora reside o ex-presidente, ele respondeu que sim. “Mas deixa uns 30 segundos ali debaixo d’água para dar uma limpada com força, né?”, num tom que deixa em aberto se é evangelizador ou violento.

Mas para os especialistas ouvidos pela Folha, o sociólogo Ricardo Mariano e a a cientista política Ana Carolina Evangelista, a radicalização política que foi fortalecida com a figura de Bolsonaro pode representar um ponto de embate que não ganhará novas tréguas como nos governos anteriores de Lula, considerando que as disputas morais ganharam ainda mais força nas últimas décadas. Atores evangélicos se tornaram uma espécie de resposta radical às pautas progressistas da esquerda, como equidade de gênero e união civil de pessoas de mesmo sexo.

A matéria destaca uma frase de Evangelista, que afirma que o debate “é menos sobre como se mantém o bolsonarismo e mais sobre como, e se se mantém, o antiesquerdismo”. Neste sentido, “ainda não há qualquer sinal à vista de que o PT vai conseguir reaver a parceria com as igrejas. Já Bolsonaro ainda é um farol, mas sua moral no segmento caiu no último trimestre”.


Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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