Europa quer abandonar serviços de nuvem de Big Techs americanas, entenda o porquê

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Por WILLIAM R. PLAZA*

Preocupações com privacidade e geopolítica levam Europa a repensar sua dependência das gigantes da nuvem.

A reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos reacendeu um debate sensível na União Europeia: a dependência de serviços de computação em nuvem oferecidos por gigantes americanas como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud.

Segundo um relatório da WIRED, governos e empresas europeias começam a considerar alternativas locais para hospedar seus dados e sistemas. As razões vão desde questões políticas até preocupações com privacidade e segurança digital. Mas será que o continente está realmente preparado para essa transição?

A preocupação com a influência dos EUA na nuvem

Donald Trump /Rebecca Noble/Getty Images

A relação entre Washington e Bruxelas tem sido marcada por disputas envolvendo grandes empresas de tecnologia. Trump já criticou a União Europeia por impor pesadas multas a corporações como Apple, Google e Meta, mas agora a tensão vai além.

A preocupação central dos europeus está no controle dos dados. Com a crescente digitalização de governos e empresas, armazenar informações estratégicas em servidores de empresas americanas levanta dúvidas sobre a soberania digital. O receio é que o governo dos EUA possa, de alguma forma, intervir ou ter acesso a esses dados, especialmente em tempos de conflitos políticos e comerciais.

Alternativas europeias começam a ganhar espaço

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Reprodução

Diante desse cenário, alguns países da União Europeia já estão testando soluções próprias. Países Baixos e Dinamarca, por exemplo, estão investindo em serviços de nuvem nacionais para reduzir a dependência das big techs americanas.

Empresas como Elastx (Suécia) e Exoscale (Suíça) relataram um aumento no interesse de clientes europeus que buscam migrar para plataformas locais. No entanto, a grande questão é se essas alternativas têm capacidade para competir com a infraestrutura robusta e os serviços avançados oferecidos por AWS, Azure e Google Cloud.

Uma ruptura total é viável?

A transição para serviços locais pode parecer uma solução lógica, mas na prática, não é tão simples. Empresas e governos que dependem da nuvem precisam de tempo, investimento e planejamento para uma migração segura e eficiente.

Além disso, trocar de provedor envolve desafios técnicos, como compatibilidade entre sistemas, risco de perda de dados e até custos elevados. O empresário neerlandês Bert Hubert destaca que construir uma infraestrutura de nuvem europeia não é impossível, mas exigiria décadas de trabalho e grandes investimentos.

Conheça o EU OS.


Ouclicado originalmente em Hardhware.

*William R. Plaza é editor-chefe no Hardware.com.br/GameVicio Aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br

Foto de capa: Reprodução

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