O governo dos Estados Unidos removeu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Moraes, da lista de pessoas atingidas pela Lei Magnitsky — instrumento usado para impor sanções econômicas a estrangeiros acusados de corrupção ou violações de direitos humanos. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (12), em comunicado oficial. O documento, porém, não apresenta explicações para a retirada.
Moraes havia sido incluído na lista em julho de 2025. Com a sanção, os EUA determinaram o bloqueio de quaisquer bens do ministro, de sua esposa e de uma empresa do casal no país. Além disso, cidadãos e empresas norte-americanas ficaram impedidos de realizar transações ou manter relações comerciais com eles.
À época, o governo dos EUA justificou a inclusão citando o processo no STF envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que era então réu por tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022. O julgamento, conduzido por Moraes, tornou-se um dos pontos de maior tensão na relação entre setores bolsonaristas e o magistrado.
O cenário jurídico em torno do ex-presidente avançou desde então. Em setembro, Bolsonaro foi condenado a mais de 27 anos de prisão e atualmente cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.
A decisão desta sexta encerra oficialmente as restrições impostas a Moraes e à esposa, mas o governo americano não indicou se a revisão da medida está relacionada ao andamento dos processos no Brasil ou a outros fatores diplomáticos.
Imagem destacada: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil




