O Senado Federal aprovou a abertura na terça-feira, 04, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) que atuam na Amazônia. De autoria do senador Plínio Valério (PSDB-AM), a comissão mira o repasse de recursos públicos e doações estrangeiras e a atuação de organizações de fachada.
De acordo com o requerimento apresentado pelo senador, existem denúncias de que o dinheiro não está chegando às comunidades ou aos projetos de preservação na região. “Não vamos demonizar nenhuma ONG. Não é esse o objetivo. Existem ONGs sérias, essas serão preservadas. Vamos investigar aquelas que são denunciadas, que pegam dinheiro lá fora e pegam dinheiro aqui dentro, não prestam conta e gastam entre si 85% do que é arrecadam e prestam um grande desserviço ao país, principalmente à Amazônia”, esclareceu o senador.
A comissão quer apurar os repasses de dinheiro público e as doações vindas do exterior, além de entender como foram gastos os recursos entre 2002 e janeiro de 2023. As organizações de fachada e sua intromissão no poder público a compra de terras pelas ONGs também serão investigadas.
Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder no governo no Congresso Nacional, a CPI não é necessária e considera que há outras pautas mais relevantes para o Legislativo dar atenção.
O colegiado será formado por 11 titulares e 7 suplentes que serão indicados pelos líderes partidários da Casa. A CPI das ONGs terá 130 dias para concluir as investigações.
Com informações da Agência Senado.
Foto: Adriano Gambarini
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