Choque usa bomba de gás e balas de borracha contra indígenas em protesto

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Foto: Gabriela Moncau / Brasil de Fato

A Tropa de Choque da Polícia Militar utilizou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar o protesto de indígenas guaranis que bloqueavam a rodovia dos Bandeirantes desde às 5h30 desta terça-feira, 30, em protesto contra o projeto de lei do marco temporal, o PL 490.

Na última quarta-feira, 24, a Câmara dos Deputados aprovou a tramitação do PL em regime de urgência, atendendo aos anseios da bancada ruralista para ser votado às pressas, antes que o mesmo tema seja apreciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o presidente da casa, Arthur Lira (PP), ele deve ser votado nesta terça, 30.  A tese do marco temporal, se aprovada, limita o direito à demarcação de terras apenas para os indígenas que estivessem ocupando o seu território tradicional em 1988, ano da aprovação da Constituição Federal.

Ambientalistas e entidades do setor criticam o projeto e veem brechas para permitir garimpo, atividade agropecuária, abertura de rodovias, linhas de transmissão de energia ou instalação de hidrelétricas e contratos com a iniciativa privada e não indígena para empreendimentos. Tudo isso gerando grandes prejuízos ambientais irreparáveis, além de tirar direitos dos povos originários do país.

Ara Poty, líder das terras do Jaraguá, reclamou do uso de gás lacrimogêneo contra os manifestantes, o que fez pelo menos duas crianças passarem mal por inalar o gás. Ela endereçou as críticas contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). “Você [Tarcísio] é um anti-indígena. Mandou seu povo [os policiais] nos expulsar de uma manifestação pacífica. A tua polícia estava armada até os dentes”, disse a líder à Folha de São Paulo.


Foto: Gabriela Moncau / Brasil de Fato

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