Cantata dos Sete Povos retoma a história das Missões através da música

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O documentário Cantata Sete Povos aborda a obra do compositor Raul Ellwanger, mostrando sua dedicação ao povo guarani e sua relação com os frades jesuítas que estiveram nos séculos 17 e 18 em território gaúcho, na Argentina e no Paraguai. A produção foi roteirizada e dirigida pelo jornalista Omar de Barros Filho.

São 12 canções que contam parte desta trajetória. “Eu com 15 anos fui numa excursão do Colégio Anchieta, que nós fomos pelas estradas de terra e cruzando a Bacia do Prata de balsa. Fomos até as Missões, depois cruzamos pra Argentina, depois cruzamos pro Paraguai. Aquilo me impressionou muito”, relembra Raul.

“Eu tive uma boa formação erudita também onde essas estruturas maiores, coletivas, suítes, essas continuidades de dança, de gênero e ritmo são muito usadas. E morando na Argentina e no Chile, descobri as cantatas populares, as cantatas sindicais, as missas católicas, as missas pagãs, Mercedes Sosa, Ariel Ramires. Então, aquilo foi me impressionando e agora, digamos, de uns 10 anos pra cá, eu comecei a plasmar isso num conjunto e eu vi que eu não ia conseguir fazer uma canção pra contar uma história de 70 anos que é a parte que eu me referi. Não conto todos os 250, 200 anos das Missões”, completa.

O roteirista e diretor Omar de Barros Filhos ressalta a centralidade do compositor no documentário: “a ideia é fazer quatro episódios contendo as 12 canções e tendo o Raul como narrador, não só o narrador poético através das músicas dele, mas também a pessoa que vai conduzindo a narrativa cinematográfica. […] Ele que conversa com os personagens que vão aparecendo, caciques indígenas, historiadores, pesquisadores, padres, religiosos que também se dedicam ao tema”.

“O Raul conta a história através das canções e nós explicamos os fatos, mostramos a realidade através daquilo que o documentário nos permite, que a linguagem documental nos permite. ‘Muito bem, o Raul tá falando sobre os guaranis lá do século XVII, mas como vivem os guaranis hoje que sobreviveram depois do genocídio?’. Então, acho que essa mistura, esse contraponto que existe no filme torna a narrativa, me parece, atraente ao espectador”, comenta.

Assista ao programa completo:

O programa Espaço Plural vai ao ar no YouTube e no Facebook de segunda à sexta-feira, a partir das 14h, com a apresentação do jornalista Solon Saldanha.


Foto: Luiz Ávila/Divulgação.

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