Brasil tem 162,4 mil Registros de Igrejas e Organismos Eclesiais

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Por EDELBERTO BEHS*

Com base em dados da Receita Federal de 2022, o Observatório da Religião e Interseccionalidades informou o registro de 162.427 CNPJs de igrejas e organismos eclesiais, a maioria referente a denominações pentecostais, com 62.815 inscrições ou 39% do total.

São Paulo é a unidade da Federação que tem o maior número de registros (42.714), seguido do Rio de Janeiro (21.179) e Minas Gerais (17.193). São também os três Estados mais populosos do Brasil.

O Rio Grande do Sul aparece na relação da Receita Federal com 7.541 CNPJs. Os pentecostais também lideram no Estado, com 2.166 registros ou 29% do total, seguidos dos evangélicos “não determinados”, com 1.612 inscrições, ou 21% do total.

Tanto no Brasil, como no Rio Grande do Sul, chama a atenção o baixo número de CNPJs vinculados ao catolicismo, talvez pelo sistema concentrado de administração. No Brasil, somam 14.293 inscrições ou 9% do total, abaixo dos protestantes, que representam 10% do total, com 16.402 matrículas, praticamente o mesmo número de denominações neopentecostais. No RS, os registros católicos somam 690, 9% do total, abaixo dos protestantes, com 828 registros, ou 11% do total.

O portal do Observatório também apresenta o nome das instituições registradas. O que fica evidente é a criatividade brasileira na denominação de muitas das instituições eclesiais ativas no país.

Assim, em Magé, no Rio de Janeiro, aparece a Igreja Evangélica Sangue, Suor e Lágrimas; em Araruana, também no Rio, desponta a Igreja Ministério Lírio dos Vales; em Eunápolis, Bahia, está localizada a Igreja Pentecostal Brasa Viva; em Colombo, no Paraná, existe A Casa Church; e em Miraí, Minas Gerais, funciona a Igreja Pentecostal Conquistando o Impossível pela Fé.

Mas gaúchos não ficam atrás de nomenclaturas criativas. Em Taquara pastoreia a Assembleia de Deus Casa do Oleiro; na mesma cidade, uma igreja evangélica das não determinadas leva o nome de Associação Can Taquara. Em São Lourenço do Sul funciona a Associação Africanista Oya Nike Caboclo Rompe Mato, e em Charqueadas, a Associação Afro Umbandista Inhaca da Pedreira.

Na contagem geral estão computadas, também, os CNPJs inativos.


*Edelberto Behs é Jornalista, Coordenador do Curso de Jornalismo da Unisinos durante o período de 2003 a 2020. Foi editor assistente de Geral no Diário do Sul, de Porto Alegre, assessor de imprensa da IECLB, assessor de imprensa do Consulado Geral da República Federal da Alemanha, em Porto Alegre, e editor do serviço em português da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC).

Foto de capa: : G. Poggio/Poder Naval

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