Bolsonaro e a Soberania Nacional: Uma Análise Crítica

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Imagem gerada por IA ChatGPT

Por Francisco Celso Calmon

É estranha essa LEGISLAÇÃO CONGRESSUAL que permite uma licença de um deputado federal para viver em outro país atacando o Estado brasileiro.

É ético? É legítimo? Eleito pelo sufrágio universal da soberania popular, vai para o exterior para atentar contra a soberania nacional, é muito esdrúxulo, não?

 A PF cochilou, Marcos do Val escafedeu-se. A facilidade com que os patriotários fogem está desmoralizando o sistema judicial.

E os capixabas vão aprender a votar e não eleger mais fascistas paranoicos como representante?

As figuras da extrema-direita que choram junto com Bolsonaro pela tornozeleira eletrônica e sentem dores de cotovelo pelo alucinado Eduardo, eram as mesmas que comemoravam o golpe à Dilma e as perdas na família de Lula enquanto estava preso.

 Se não houver união dos poderes, dos empresários e trabalhadores, e a sociedade organizada não sair às ruas, o intento bolsonarista de sabujísmo aos steites pode ser fortificado.

É mister tirarmos lições desse quadro conjuntural, exemplos: confiar nos steites não dá mais; depender de tecnologias sem outros opções é risco que não pode continuar a ser subestimado; conviver com adversários ideológicos sem anteparo, como se fossem companheiros, é ingenuidade irresponsável; é urgente investir no trabalho da base da sociedade para renovar democraticamente esse Legislativo que atua contra o povo.

 A famiglia Bolsonaro opera contra o Brasil.  Ela será a culpada por tudo que os Estados Unidos fizerem contra o nosso país.

 O meliante Bolsonaro afirmou que doravante só segue a lei de Deus, MAS SE NUNCA SEGUIU, sempre prevaricou perante as leis terrenas e os mandamentos da bíblia, na qual encontramos: prevaricar significa infringir a lei de Deus, desviar-se do caminho reto, abandonar o dever e desobedecer aos mandamentos divinos.

 É um termo que abrange a ideia de faltar ao cumprimento da justiça, agir com desonestidade e abandonar os princípios morais estabelecidos por Deus.

Quem furta, quem açula a violência e assassinatos, e dá sinais de pedofilia, misoginia, racismo, ofende as leis terrenas e celestiais.

Bolsonaro como Trump e Netanyahu, são encarnações do demo, são filhos da besta-fera

A guerra dos EUA não é com o governo, é contra o Estado democrático de direito, um esquema sujo e golpista movimentado pela famiglia e pela extrema-direita. E deverá vir novas medidas de agressão às instituições do estado.

 Lula, como comandante em chefe das Forças Armadas, deveria convocar os comandantes para falar sobre a guerra do Trump e ouvir as opiniões, antes que conspiradores agitem por lá.

Para a água chegar a ferver, ela precisa passar pelo processo de ebulição, onde a temperatura do líquido atinge o seu ponto de transformação em vapor (100°C ao nível do mar).

Bolsonaro para chegar à prisão tem que passar pela ebulição, ou seja: de um estado de grande agitação, excitação ou fervor, seja em relação a emoções, ideias ou eventos. É uma metáfora para um estado de efervescência, onde algo está prestes a explodir ou tomar proporções maiores.

O ministro Alexandre de Moraes está como piloto dessa ebulição para decretar a prisão, que ao meu sentir já passou do ponto. 

Este é o cenário adequado para Lula inaugurar as caravanas patrióticas em defesa da soberania da nação brasileira e do Estado democrático de direito, intensificando as visitas aos estados.

 É o momento certo e necessário para as centrais sindicais, os movimentos sociais, os partidos democratas e patrióticos, desfraldarem a bandeira contra o imperialismo estadunidense e na defesa uníssona da soberania brasileira

Há meses estávamos preocupados com a comunicação do governo com o povo, agora, por mais que ainda a comunicação seja um tanto o quanto voltada à bolha militante, vemos cada vez mais a aproximação do coração da pátria com o povo.

O governo tem a chance de ouro de redefinir o senso comum do que é ser patriota, após quatro anos de falso patriotismo do bolsonarismo.

Esta luta é nossa! Lula precisa de todos e todas. O repúdio ao imperialismo e ao bolsonarismo deve ser o eixo a nortear os movimentos e partidos democratas e patriotas.


Francisco Celso Calmon é Ex-coordenador nacional da Rede Brasil – Memória, Verdade e Justiça; membro da Coordenação do Fórum Direito à Memória, Verdade e Justiça do Espírito Santo. Membro da Frente Brasil Popular. Autor dos livros “Sequestro moral e o PT com isso?” e “Combates pela Democracia”, coautor dos Livros “Resistência ao Golpe de 2016” e “Uma sentença anunciada – O Processo Lula”. Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Articulista de jornais e livros, coordenador do canal Pororoca.


Tags: Bolsonaro, soberania nacional, imperialismo estadunidense, extrema-direita, Alexandre de Moraes, Lula, fascismo, Marcos do Val, patriotismo, comunicação política, democracia brasileira


ILustração da capa: IA ChatGPT

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Respostas de 3

  1. Caríssimo…Como operacionalizar este projeto se não existe um projeto de soberania onde setores estratégicos como o de combustíveis, mineração, produção de energias e tecnologia não foram nacionalizados? Vivemos em um estado democrático onde se pratica o neoliberalismo. Por este motivo, não podemos contar com o empresariado como aliado. Tudo o que objetivam é o lucro e por isso mesmo, este, sendo colocado no lugar do que é direito, ( daí porque o estado de direito está seriamente ameaçado). Precisamos de soberania de verdade. Esta soberania de “fio de bigode” parece que não apresenta a robustez necessária que nos passe a firmeza para enfrentar os EUA e a “famiglia” polêmica.
    Um país soberano de verdade é um país autossuficiente ! O seu governo não teme porque os interesses das gigantes estrangeiras não se sobrepõe aos interesses nacionais.
    Infelizmente, desconheço um projeto como este em andamento por aqui. Acho que se esqueceram das lições de economistas como as de Celso Furtado.
    Mira no caso da Bolívia.

  2. Esta tentativa pretenciosa e descabida vontade, de enfrentar os Estados Unidos soa risível e atenta contra a nossa já centenária parceria e é de pouca inteligência. “Se não consegues derrotar o inimigo, seja amigo e parceiro”. Não é atendendo a vontade de um momentâneo governo que devemos desfazer o que tão bem sempre esteve ao longo da já centenária história. Não digam que estamos sendo explorados, como não raro se ouve. A nossa dependência é grande em todas as áreas das atividades: culturais, econômicas, tecnológicas, …. Não vejo estudantes americanos, quer na graduação como no “stricto sensu” enchendo nossas universidades. O contrário, vejo. Também não vejo o nosso presidente conversando com o Trump, isto não de agora. Se o presidente brasileiro continuar, no campo internacional, atacando a moeda americana e apoiando os desafetos e intentos dos Estados Unidos os brasileiros irão pagar duras penas. Aguardemos.

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