As manifestações de junho de 2013 e os seus impactos são os assuntos do Espaço Plural desta segunda-feira

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Brasília (DF) - Protestos de Junho de 2013, dez anos depois. Manifestações em Brasília (DF). - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A partir das manifestações de junho de 2013, muitos eventos marcaram a história do Brasil desde então. Olhando para este assunto, o Espaço Plural começa a semana passando a limpo os últimos 10 anos do nosso país e conversa com a pós-doutora em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP) com experiência em Comportamento Político, Maria do Socorro Sousa Braga.

Também compõem a bancada do programa o doutor e mestre em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e graduado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Bruno Lima Rocha, e o cientista político e diretor da Rede Estação Democracia (RED), Benedito Tadeu César.

Maria do Socorro lembra que os impactos das manifestações naquele ano ainda estão sendo estudadas e possuem diferentes interpretações. Além disso, aponta o fator rede social presente na organização. “Junho de 2013, marcou ao meu ver, o fim de um ciclo na política brasileira, na Nova República, e ao mesmo tempo marcou pra mim o nascimento de um novo ciclo político democrático. Eu não vejo 2013 como um retrocesso, eu vejo como um avanço da democracia brasileira. E eu vejo inclusive esse momento como uma necessidade de até outro contrato social”, afirma a pós-doutora.

Bruno explica a origem do Movimento Passe Livre, em Porto Alegre, no ano de 2005, mas já existente desde 2001 em Florianópolis com a Campanha pelo Passe Livre. “O que aconteceu em 2013 foi o ponto ápice de uma luta nacional, não pela redução da passagem, mas pelo direito ao transporte público urbano e metropolitano. Aonde a redução da passagem é um ato de contrato entre o poder concedente, no caso os municípios, e as empresas concessionárias”, aponta.

Na mesma linha, Benedito lembra o cenário do país naquele momento que influenciou as manifestações. “Havia um momento de ascensão social e de grande demanda por mão de obra. Normalmente, nos movimentos reivindicatórios, eles se fortalecem nos momentos de desenvolvimento econômico. Trabalhador não faz greve quando tem desemprego nem recessão porque ele tem que defender seu trabalho. Mas quando ele tá tendo ascensão social e tá tendo diminuição do desemprego, ele se fortalece porque a mão-de-obra se torna mais cara e a procura pelo trabalho se torna mais caro. Naquele período, a gente tem uma inserção de camada sociais muito fortes”.

Assista o programa completo:

O programa Espaço Plural vai ao ar no YouTube e no Facebook de segunda à sexta-feira, a partir das 14h, com a apresentação do jornalista Solon Saldanha.


Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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