Da REDAÇÃO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por videochamada com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na manhã desta segunda-feira (6), para tratar do aumento das tarifas sobre produtos brasileiros. A reunião foi descrita como “positiva” por integrantes do governo brasileiro, mas ainda sem sinalizações concretas de recuo por parte de Washington.
Foco nas tarifas e tentativa de abertura diplomática
Durante a conversa, Lula destacou os prejuízos provocados pelas tarifas de até 50% sobre exportações brasileiras — em especial nas áreas de siderurgia, alimentos processados e equipamentos industriais. O presidente propôs a criação de um grupo técnico bilateral para avaliar alternativas, reforçando o interesse em manter o diálogo aberto.
Trump, por sua vez, manteve tom respeitoso e voltou a se referir a Lula como um “interlocutor sério e pragmático”. Apesar disso, não indicou disposição imediata para revisar as medidas. O governo norte-americano ainda não comentou oficialmente o conteúdo da conversa.
Ministros acompanharam o encontro
Participaram da reunião, ao lado de Lula, os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços) e Fernando Haddad (Fazenda). Eles atuaram como apoio técnico para detalhar pontos sensíveis da pauta comercial.
Avaliação internacional: diálogo visto com ceticismo
A repercussão da reunião foi imediata em veículos internacionais. A Reuters destacou que a chamada foi considerada um gesto diplomático importante, mas ressaltou que os efeitos concretos ainda são incertos. A Bloomberg informou que o governo brasileiro trabalha nos bastidores para viabilizar um encontro presencial entre Lula e Trump durante a cúpula da ASEAN, na Malásia, prevista para o final de outubro.
Nos Estados Unidos, colunistas do Washington Post criticaram a política tarifária de Trump, apontando riscos de isolamento comercial. Uma das análises descreve o tarifaço como “um presente paradoxal” que pode prejudicar tanto exportadores brasileiros quanto setores consumidores nos EUA.
Próximos passos
A depender dos desdobramentos técnicos, Lula e Trump devem se encontrar pessoalmente na Malásia. O Planalto avalia que a conversa desta segunda abriu espaço para novos entendimentos, ainda que sem avanços práticos imediatos.
Ilustração da capa: Lula e Trump – Imagem gerada por IA ChatGPT
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Lula, Donald Trump, tarifaço, videochamada, comércio exterior, relações internacionais, Brasil EUA, ASEAN, exportações brasileiras, negociação comercial





Respostas de 2
Lula é um hábil negociador e um grande chefe de Estado. Ou seja, um estadista.
Torço para ver essa conversa dos USA com Brasil ao vivo, nesta ordem, o mais breve.