Acampamento golpista pede “intervenção federal” em frente a quartéis no Centro de Porto Alegre

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Em frente à Igreja das Dores, que é próxima aos quartéis no centro histórico de Porto Alegre, um grupo de manifestantes acampados, vestidos de verde-e-amarelo, entoavam, entre Aves-Marias e Pais-Nossos, o pedido: “Senhor Jesus, livrai o Brasil do comunismo”.

Contrários ao resultado da eleição presidencial e a uma série de decisões judiciais que atestam a ilegalidade dos bloqueios de estradas pelo país, os acampados pedem uma “intervenção federal” (uma variante dos pedidos anteriores de “intervenção militar” do 7 de setembro) diante do Comando Militar do Sul.

Os manifestantes ocuparam os arredores da 13ª Bienal do Mercosul e da 68ª Feira do Livro na semana seguinte às eleições. Na quarta-feira (2), dois homens de camisetas da Seleção gritaram “Lula ladrão!” na entrada do teatro Carlos Urbim, que recebia uma plateia de crianças para a releitura da lenda do “Negrinho do Pastoreio”. Uma senhora pediu que os manifestantes aceitassem o resultado das urnas, mas um dos homens recorreu a xingamentos, iniciando uma briga que assustou as crianças presentes.

Além disso, o não aceitamento das eleições tem gerado, nas escolas particulares da capital gaúcha, ofensas classistas de estudantes contra colegas.

Ilegitimidade e ilegalidade

Nesta semana, o Superior Tribunal Federal (STF) manteve, por unanimidade, decisão que determina o desbloqueio de rodovias paralisadas por caminhoneiros em todo o país desde a noite de domingo (30). O ministro e presidente do TSE  Alexandre de Moraes entendeu que os direitos de reunião e greve são relativos, não podendo ser exercidos “de maneira abusiva”.

Isso porque são motivadas por uma pretensão antidemocrática, qual seja, um protesto contra a eleição regular e legítima de um novo Presidente da República”, escreveu Moraes na decisão.

Ao analisar um pedido de desobstrução de rodovias no Rio Grande do Sul, o juiz federal de Porto Alegre Carlos Felipe Komorowski, do TRF da 4º Região, assinalou: “Não há vida plena na ditadura. Jamais houve e continua não havendo, independente do país, da religião, da etnia ou do viés político, se de direita ou de esquerda. A vida é o bem maior reconhecido no ordenamento jurídico internacional. Vida das pessoas, vida dos animais e vida das plantas. Qualificada pela coexistência harmônica e sustentável, permitindo a evolução.” E seguiu: “O que explica o desejo pelo nazifascismo? O desejo de estar sob o jugo de ditadores, indefeso, sem os mecanismos existentes nas democracias para os fracos fazerem valer os seus interesses contra os fortes?”.

 

Com informações do Matinal.

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