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‘Ucrânia não é mais soberana, paz só virá quando EUA quiserem’, afirma presidente da Hungria
‘Ucrânia não é mais soberana, paz só virá quando EUA quiserem’, afirma presidente da Hungria
Em entrevista à imprensa alemã, Viktor Orbán fez duras críticas a Kiev e disse que ‘tipo de cooperação que criaram com países do Ocidente é um fracasso’
O periódico alemão Bild publicou nesta terça-feira (27/06) uma polêmica entrevista com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, no qual ele afirma que “a Ucrânia não é mais um país soberano”.
“A Ucrânia deixou de ser um país soberano. Não tem dinheiro. Não tem armas. Só pode lutar porque está sendo apoiada pelo Ocidente”, comentou o premiê húngaro, representante da extrema direita em seu país.
Perguntado sobre a proposta de paz que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky assegura que apresentará nos próximos dias, Orbán ironizou, dizendo que “o que realmente importa nesse conflito, pelo lado de Kiev, é o que os Estados Unidos querem fazer. Portanto, se os norte-americanos quiserem a paz, só então haverá paz”.
Na entrevista, o líder húngaro também se mostrou crítico da relação que o governo ucraniano criou com seus aliados europeus e norte-americanos. “Esse tipo de cooperação que eles (ucranianos) vêm alimentando com os países do Ocidente é um fracasso”.
“Apesar do dinheiro, apesar das armas, a Ucrânia fica com a pior parte, que é ter que ganhar sozinha uma guerra impossível. É impossível para a Ucrânia vencer a Rússia”.
Orbán também ressaltou que o exército ucraniano “tem um grande problema, porque ficará sem soldados antes que os russos, e esse será um fator decisivo no final”.
Contudo, o líder de extrema direita da Hungria disse que suas declarações não buscam “influenciar os ucranianos”.
“Os líderes da Ucrânia é que devem decidir, a minha é uma opinião de quem sempre advoga pela paz. Acho que o melhor que se pode fazer aqui é buscar uma tregua, uma solução dialogada. Do contrário, haverá uma enorme perda para o país, tanto em termos de vidas quanto de riquezas, será uma destruição inimaginável”, completou Orbán.
Notícia do Opera Mundi
Foto: Wikimedia Commons
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