Jair Bolsonaro, seus filhos e outros divulgaram que Marcola teria declarado voto em Lula; multa por descumprimento é de R$ 100 mil. 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou que o presidente Jair Bolsonaro (PL), seus filhos Flavio e Eduardo Bolsonaro e outras 16 pessoas e veículos de comunicação removam publicações com fake news contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em uma ação coordenada no final da tarde deste sábado (01/10), o grupo publicou nas redes sociais que o traficante Marcola teria declarado seu voto em Lula. Moraes estipulou a multa diária por descumprimento em R$ 100 mil.

Segundo representação apresentada pela coligação Brasil da Esperança, da chapa Lula-Alckmin, “o site O Antagonista publicou matéria com um suposto áudio de Marcola que, além de não permitir qualquer tipo de verificação quanto a sua autenticidade, não contém qualquer informação no sentido de que o traficante teria declarado voto em Lula”.

Em sua decisão, Moraes afirmou tratar-se de desinformação e determinou que o grupo deixe de fazer novas postagens ou compartilhamentos com o mesmo teor, sob pena de multa de R$ 15 mil.

Além disso, o presidente do TSE ressaltou que Marcola está com os direitos políticos suspensos e, portanto, impedido de votar.

“Ocorre que, a partir da leitura da reportagem, não se constata qualquer declaração de voto de Marcola no candidato Luiz Inácio Lula da Silva”, escreveu o ministro, ressaltando que se trata “da divulgação de fato sabidamente inverídico e descontextualizado”.

Além de Jair, Eduardo e Flávio Bolsonaro, a decisão atinge O Antagonista, Jovem Pan, Bia Kicis, Carla Zambelli, Kim Paim, Milton Neves, Jornal da Cidade On-Line, Adrilles Jorge, Silvio Navarro, Terra Brasil Notícias, Cláudio Sequeira, Paulo Martins, Leandro Ruschell, Barbara Zambaldi, Gustavo Gayer e Flavia Ferronato.

Em GGN.

Foto – Ricardo Stuckert.

Notícia publicada originalmente aqui.