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Transição denuncia corrupção no Ministério dos Direitos Humanos

Transição denuncia corrupção no Ministério dos Direitos Humanos

Politica por RED
09/12/2022 14:20 • Atualizado em 09/12/2022 16:21
Transição denuncia corrupção no Ministério dos Direitos Humanos

De Congresso em Foco

O gabinete de transição para o novo governo apresentou os resultados de seu relatório da situação do Ministério dos Direitos Humanos durante a gestão Bolsonaro, que teve Damares Alves como chefe da pasta durante maior parte de seu mandato. Em sua análise, além de apontar para o sucateamento da pasta, o grupo de trabalho ainda identificou dois contratos de natureza duvidosa tanto no valor, que soma R$ 172 milhões, quanto no serviço contratado.

“Dois contratos nos chamaram muito a atenção. Um de contratação de bebedouros, do modelo mais simples, e outro de aluguel de guindaste. Eu até agora não consigo entender para é que o Ministério dos Direitos Humanos precisa ter um guindaste”, relatou o deputado estadual paulista Emídio de Souza, membro do grupo de trabalho de direitos humanos na transição encarregado da análise de contas da pasta.

No caso do guindaste, o contrato prevê o custo de R$ 6 milhões por mês de aluguel. Uma consulta feita no portal Habitíssimo, voltado para a contratação de serviços de construção, revelou que o preço médio para esse tipo de equipamento no mercado está muito abaixo do contratado pela pasta: a diária custa em média R$ 4,8 mil, com mão de obra inclusa. Por mês, esse valor chega a pouco mais de R$ 148 mil, uma fração do preço adotado no Ministério.

“O governo tem o dever, a obrigação legal e moral de justificar para que serviu, como foi utilizado”, afirmou. O deputado também questionou a quantidade de bebedouros adquiridos pelo Ministério. “Parece que estamos no deserto do Sahara, foi um valor realmente impressionante”, ironizou. O Tribunal de Contas da União (TCU) foi oficiado para apurar os contratos.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS), coordenadora do grupo de trabalho,  ainda ressaltou que o porte da empresa responsável pelo guindaste também não é compatível com o valor e a natureza do contrato. “A informação que nós tivemos, e que levamos ao TCU, é que essa empresa fica no Gama (DF), e tem como sócio majoritário um senhor que é transportador de cargas e de pessoas”.


Por Lucas Neiva

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
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