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Tony Garcia se diz “agente infiltrado” e divulga conversa com Sérgio Moro
Tony Garcia se diz “agente infiltrado” e divulga conversa com Sérgio Moro
O empresário Tony Garcia divulgou na noite de sexta-feira, 07, áudio de uma conversa gravada com Sérgio Moro, ex-juiz da Lava Jato e senador do União Brasil pelo Paraná. Garcia foi réu na operação e disse ter sido “agente infiltrado” de Moro nas investigações.
A conversa mostra uma suposta combinação sobre a sentença do empresário. Garcia não quer que a divulgação de sua pena prejudique uma empresa citada na conversa nem sua reputação. Moro confirma que nada disso vai acontecer.
Ouça o áudio:
EXCLUSIVO: Nova conversa entre @SF_Moro e Tony Garcia parte II. Confirmando que, eu, seu “réu”, tínhamos LIGAÇÕES PERIGOSAS nos bastidores de uma FALSA JUSTIÇA. Moro foi JUSTICEIRO CRIMINOSO, jamais juíz. Enquanto na magistratura, foi um JUÍZ LADRÃO!
📰 PARTE II | ÁUDIO I pic.twitter.com/DMNLJd8CVZ
— Tony Garcia (@tonygarciareal) July 8, 2023
Leia a transcrição:
Tony Garcia: Doutor Sergio, é o seguinte: eu preciso só lhe fazer uma pergunta para ver como vamos lidar com isso. Estou chegando nos finalmentes e uma coisa só que me preocupa. Quando for a sentença, seja ela qual for e tal, é… isso aí, o senhor vai dar publicidade nisso daí?
Sergio Moro: É, veja, eu… tu é uma pessoa, assim, publicamente exposta, né.
G.: Eu era. Não sou mais. Nem concorrendo eu tô às eleições, nada, doutor Sergio.
M.: Aí assim, o que acontece… Se eu não divulgar, é… o pessoal vai ficar cobrando e tal, [segmento inaudível]. Então eu prefiro divulgar, entendeu? Informar de maneira…
G.: Doutor Sergio, veja, para eu cumprir este acordo, para eu fazer tudo, eu vou depender muito do que eu tô restabelecendo da minha vida agora. A perda que causa na vida da gente esse tipo de coisa, o senhor não pode nem imaginar.
M.: Eu entendo, mas eu…
G.: Agora… eu só quero fazer o seguinte. Se tem uma maneira de nos sentarmos com o senhor, com o Ministério Público, nós, da defesa, tudo, de a gente ver uma maneira, doutor Sergio, que não me deixe uma coisa… a empresa, alguma coisa assim. Eu não sei como que é feito isso. Porque envolveu empresa como organização criminosa, como isso, como aquilo…
M.: Não. O que importa é o senhor.
G.: Isso. Não, não. Que envolvia empresa, não, citaram o nome, o Paulo Pimentel citou Baltimore, tudo…
M.: Essa empresa [inaudível]
G.: Isso.
M.: [inaudível]
G.: Essa eu sei. Nessa, quando dá…
M.: Eu não vou tocar no nome da Baltimore.
G.: Não vai ser tocado em nome de empresa, nada disso? Vai ser tocado no nome da minha pessoa?
M.: Sim.
G.: Do que foi.
M.: Do que foi decidido do consórcio Garibaldi.
G.: No setor de comunicação, quando é meu nome, você sabe o que acontece.
M.: Ah.
G.: Vira primeira página.
M.: Eu vou divulgar, esse conteúdo eu vou divulgar porque na verdade é um processo que é uma grande publicidade aí, por conta da sua exposição pública, né?
G.: Perfeito, perfeito.
M.: E assim, acho que lá sendo divulgado porque…
G.: É, não, e matar de uma vez, né?
M.: Isso.
G.: Enterrar.
M.: [inaudível]
G.: Mas, doutor Sergio, vou pedir para o senhor, encarecidamente, que seja de uma maneira que não me macule de tal maneira que eu não possa mais trabalhar, para conseguir inclusive cumprir e deixar esse ônus para a Baltimore, o que eu não queria.
M.: Eu vou…
G.: Só isso, doutor Sergio.
M.: Eu provavelmente vou divulgar uma informação sucinta [inaudível]…
G.: É o que eu estou pedindo.
M.: …que foi condenado…
G.: Tá bom.
M.: E também devo divulgar, no caso das condenações, termos…
G.: Certo.
M.: E provavelmente ter que botar meio público aí e falar alguma coisa, alguma coisa que a pena foi X…
G.: Alguma coisa que não acabe comigo comercialmente, para eu poder continuar a trabalhar. É só isso que eu vou pedir para o senhor.
M.: Pode ir sossegado.
G.: Hã?
M.: [inaudível]
G.: [riso] Não. Eu só pretendo que, se o senhor for justo, se for tudo certo, eu só preciso continuar trabalhando para cumprir o que eu fiz até agora. E eu vou continuar e vou estar sempre do lado do que eu fiquei agora.
M.: Tá bom.
G.: Tenho uma reunião com o Ministério Público.
M.: [inaudível]
G.: …para poder botar para a frente aquilo lá ou não…
M.: Eu entro em contato.
G.: Esse assunto. Entra em contato?
M.: Entro em contato.
T. G.: Então tá bom. Tá ótimo. Obrigado.
Com informações do Congresso em Foco.
Foto: Reprodução.
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