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Sucessão de escândalos prejudica capital político de Bolsonaro entre eleitores não radicais, apontam especialistas

Sucessão de escândalos prejudica capital político de Bolsonaro entre eleitores não radicais, apontam especialistas

Espaço Plural por RED
15/08/2023 15:13
Sucessão de escândalos prejudica capital político de Bolsonaro entre eleitores não radicais, apontam especialistas

Na última semana, a Polícia Federal (PF) cumpriu mandatos de busca e apreensão e revelou o esquema de venda ilegal de joias por ex-integrantes do governo de Jair Bolsonaro. Os bens foram dados de presente em viagens oficiais, mas pertencem ao Estado brasileiro e não ao ocupante do cargo de presidência.

A organização criminosa, como foi classificada, é acusada de peculato (desvio de recursos públicos) e de lavagem de dinheiro. Mais um caso grave envolvendo a gestão de Jair Bolsonaro abre espaço para análise das consequências na configuração da direita e da extrema direita no país.

Para o cientista político, analista da Arko Advice Pesquisa, consultor político e professor visitante na ESPM-POA, Carlos Borenstein, os impactos existem pela soma das investigações. “O Instituto DataFolha classifica como bolsonarismo raiz gira, que gira em torno de 12 – 15% do eleitorado, esse nicho tende a seguir de forma cega o Bolsonaro. Mas eu acho que essa sucessão de escândalos acabam prejudicando o capital político do ex-presidente junto ao eleitorado mais de centro, aquele eleitor que é despolitizado”.

O doutor em Ciência Política e professor da Pós-Graduação na Universidade Federal Rio Grande do Sul (UFRGS), Rodrigo Gonzales, faz uma diferenciação entre a aliança bolsonarista e a direita.

“Eu diria que o bolsonarismo recebe um tiro se não fatal, mas bastante dolorido que prejudica não só as pretensões do ex-presidente, como mancha o nome da família como um todo em termos de aliança política. No entanto, o espaço para uma aliança política de direita conservadora no Brasil continua existindo e provavelmente que alguém, como o governador de Minas, o governador de São Paulo, vai tentar ocupar esse espaço como novo defensor da moral e dos bons costumes”, apontou o professor.

Além da diferença entre os grupos políticos o cientista político e diretor da RED, Benedito Tadeu César, também pontou a bandeira anticorrupção usada durante a campanha de 2018 e 2022 pelo bolsonarismo.

“Acredito que isso vai causar um grande estrago na figura pública do Bolsonaro, dos seus familiares, da sua esposa, que posavam de impolutos . A gente não pode esquecer que, não obstante todas as evidências anteriores de corrupção envolvendo a família, Bolsonaro sempre dizia que não havia nenhuma evidência de corrupção no seu governo, que ele era impoluto. E não vamos nos esquecer que historicamente no Brasil, a direita sempre que conseguiu chegar ao poder foi porque usou a bandeira da luta anticorrupção”, explicou.

Assista ao programa completo:

O programa Espaço Plural vai ao ar no YouTube e no Facebook de segunda à sexta-feira, a partir das 14h, com a apresentação do jornalista Solon Saldanha.


Foto: Agência Brasil.

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