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Sinais da extrema direita global e temor de Bolsonaro

Sinais da extrema direita global e temor de Bolsonaro

Eleições 2022 por RED
26/11/2022 11:23
Sinais da extrema direita global e temor de Bolsonaro

Matérias da Folha de São Paulo tratam da ascensão da extrema direita e a liderança de Bolsonaro neste movimento.

Neste sábado, 26, a Folha de São Paulo publicou entrevista com o pesquisador da ascensão da extrema direita, o professor de ciência política Jorge Chaloub, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Na conversa, Chaloub afirma que afirma que “os atos antidemocráticos em frente aos quartéis e nas rodovias desde a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) são sintoma de uma sociedade que naturalizou a violência”.

Além de também problematizar a naturalização da candidatura de Bolsonaro, que segundo ele, é um dos líderes mais radicais do país, a postura adotada pelos seus apoiadores pós derrota nas eleições, “segue elementos clássicos da extrema direita global”, fundados em “teorias da conspiração, apreço pela lógica e estética militares e incapacidade de aceitar a derrota”.

Ainda sobre a representação de Bolsonaro no Brasil, o pesquisador acredita que foi um erro a “resistência em classificá-lo como uma figura de extrema direita”, alimentando a polarização simplista de que “Bolsonaro seria uma contrapartida de Lula à direita”.

Porém, ainda que Bolsonaro seja hoje a maior figura de representação da extrema direita no país,  Mônica Bergamo informou em sua coluna de sexta-feira, 25, também na Folha, que “o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem expressado a interlocutores o temor de ficar pelo menos quatro anos fora do poder e de ver sua liderança política esvaziada”.

Segundo a coluna, “o presidente afirma que quatro anos é um período muito longo para qualquer liderança –ainda mais quando está sem a caneta e longe da cena principal do teatro político”, e teme que surjam novos líderes como Tarcísio e Zema, em destaque pela eleição aos governos de São Paulo e Minas Gerais, respectivamente.

Além disso, Bolsonaro teme o que pode acontecer com ele na Justiça após deixar o cargo de presidente, pois, atualmente, já responde a quatro inquéritos no STF, além dos que pode vir a responder depois.


Imagem de bloqueio em rodovia do Paraná – divulgação PRF.

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