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Senador renuncia e diz que vai soltar bomba sobre Bolsonaro na Veja
Senador renuncia e diz que vai soltar bomba sobre Bolsonaro na Veja
Marcos do Val (Podemos-ES) anuncia desligamento e diz que foi coagido a dar um golpe.
O senador Marcos do Val (Podemos-ES), 51, anunciou em live nas redes sociais na madrugada desta quinta-feira, 2, sua renúncia ao mandato afirmando que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou coagi-lo.
“Eu ficava puto quando me chamavam de bolsonarista. Vocês me esperem que vou soltar uma bomba. Sexta-feira vai sair na Veja a tentativa de Bolsonaro de me coagir para que eu pudesse dar um golpe de estado junto com ele, só para vocês terem ideia. E é logico que eu denunciei”, disse ele.
O deputado federal cassado Daniel Silveira estaria envolvido na tentativa de golpe: Em entrevista à GloboNews, Marcos disse que após as eleições do ano passado, o deputado o procurou para articular o golpe, isso com a presença de Bolsonaro.
Segundo a Folha de São Paulo, a proposta envolveria manter ativos os acampamentos golpistas na porta de quartéis e gravar alguma conversa que comprometesse o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O senador também escreveu no seu perfil sobre a renúncia, desta vez sem citar o ex-presidente: “Perdi a convivência com a minha família em especial com minha filha. Não adianta ser transparente, honesto e lutar por um Brasil melhor, sem os ataques e as ofensas que seguem da mesma forma. Nos próximos dias, darei entrada no pedido de afastamento do senado e voltarei para a minha carreira nos EUA.”
Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o final do ano passado e é alvo de diferentes ações que pedem a sua inelegibilidade, além de ter seu nome envolvido nas apurações sobre os ataques de 8 de janeiro. Após adiar seu retorno ao Brasil, pediu um visto de turista para permanecer mais tempo nos Estados Unidos.
Em seu primeiro evento público desde que deixou o Brasil, Bolsonaro mais uma vez se manifesta de forma dúbia e alimenta as esperanças de seus apoiadores, incitando a continuidade de atos antidemocráticos. Ele afirmou que o novo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “não vai durar muito tempo”, e que houve injustiça nos processos dos ataques em Brasília em 8 de janeiro.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.
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