Curtas
Receita não informou TCU sobre acesso em dados de desafetos de Bolsonaro
Receita não informou TCU sobre acesso em dados de desafetos de Bolsonaro
Informações não foram incluídas em lista de investigações sobre consultas irregulares de informações fiscais de contribuintes
Matéria publicada na Folha de São Paulo na noite desta quinta-feira, 02, revela que a Receita Federal, ao enviar ao TCU (Tribunal de Contas da União) uma lista de investigações internas sobre possíveis consultas irregulares de informações fiscais de contribuintes, não incluiu o caso dos acessos sem justificativa legal feitos em dados de adversários do ex-presidente e sua família.
A lista, que relaciona investigações contra oito servidores por supostos acessos ilegais, foi entregue em abril de 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a pedido do TCU. O tribunal investigava procedimentos da Receita para proteger dados dos cidadãos, em especial de pessoas politicamente expostas (conhecidas pela sigla PEPs).
A Folha já havia apurado que Ricardo Pereira Feitosa, na época coordenador-geral de Pesquisa e Investigação da Receita, acessou e copiou em julho de 2019 dados fiscais sigilosos do coordenador das investigações sobre o suposto esquema da “rachadinha” no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) —o então procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro Eduardo Gussem— e de dois políticos que haviam rompido com a família presidencial: o empresário Paulo Marinho e o ex-ministro Gustavo Bebianno.
Pelas lei, servidores devem seguir os princípios da impessoalidade e da motivação, e só podem consultar dados sigilosos caso haja justificativa legal. A defesa de Feitosa nega que ele tenha cometido violação de sigilo.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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