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Porto Alegre tem o maior número de grávidas com HIV entre as capitais, mas transmissão vertical é baixa devido ao tratamento

Porto Alegre tem o maior número de grávidas com HIV entre as capitais, mas transmissão vertical é baixa devido ao tratamento

Espaço Plural por RED
03/08/2023 15:08 • Atualizado em 11/08/2023 09:22
Porto Alegre tem o maior número de grávidas com HIV entre as capitais, mas transmissão vertical é baixa devido ao tratamento

Porto Alegre é a capital com a maior número de grávidas com HIV no país, de acordo com o Ministério da Saúde. O boletim epidemiológico anual sobre a vírus publicado no início deste ano também mostra que o Rio Grande do Sul é o estado com a maior incidência de casos neste grupo.

A médica ginecologista e obstetra e vice- presidenta do Comitê Municipal de Prevenção da Transmissão Vertical de HIV e Sífilis, Denise Loureiro Pedroso, afirma que os números são consequências da alta incidência e prevalência do HIV na população de Porto Alegre em geral.

Além disso, ressalta que a infecção por HIV não significa desenvolver a Aids nem transmitir verticalmente para o feto. “Nós estamos dentro da taxa considerada, até o momento, de eliminação da transmissão vertical. As nossas taxas de transmissão em 2021 estão até o momento em 1,5 e 2022, em 1,3. E o ministério considera que eliminação é abaixo de 2. Esse ano, até o momento, a gente não tem nenhuma criança com diagnóstico”, explica Denise.

O alto número de gestantes com HIV é também um reflexo da transmissão em casais heterossexuais, pouco citado devido a associação estereotipada do vírus com a comunidade LGBTQIAP+.  Assim, os parceiros das mulheres grávidas também precisam fazer parte do tratamento para evitar a transmissão vertical, como ressalta a médica infectologista e chefe do Programa de Residência Médica em Infectologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição, Marineide Gonçalves de Melo.

“Não adianta a gente estender o tapete vermelho só pra grávida, a gente precisa do parceiro dessa grávida. Porque a gente sabe que as mulheres no período de gestação, puerpério e amamentação estão mais vulneráveis a adquirir o HIV por questões hormonais, por questões locais da barreira vaginal, tudo se altera e gera inflamação que permite então com mais facilidade as mulheres de contaminarem. Então, nós precisamos olhar para o parceiro dessa mulher”, destaca.

Além da Capital, o boletim aponta que o estado possui mais dez cidades no ranking dos 100 municípios com mais de 100 mil habitantes elencados de acordo com índice composto – formado pelos indicadores de taxas de detecção, de  mortalidade e da primeira contagem de CD4 nos últimos cinco anos. São eles: Rio Grande, Viamão, São Leopoldo, Alvorada, Novo Hamburgo, Canoas, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Cachoerinha e Sapucaia do Sul.

Assista ao programa completo:

O programa Espaço Plural vai ao ar no YouTube e no Facebook de segunda à sexta-feira, a partir das 14h, com a apresentação do jornalista Solon Saldanha.


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Foto: Pixabay.

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