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Polícia identifica site que organiza e pede recursos para atos antidemocráticos
Polícia identifica site que organiza e pede recursos para atos antidemocráticos
Página sobre movimento em Goiás tem canais no Telegram, petição para assinaturas pró-golpe e Pix para doações.
Matéria da Folha de São Paulo divulgou nesta terça-feira, 15, que foi identificado pela Polícia Civil de Goiás um domínio na internet responsável por organizar atos antidemocráticos que pedem um golpe de Estado das Forças Armadas após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais.
O endereço do site foi identificado em faixas distribuídas com os dizeres “Intervention in Brazil” (intervenção no Brasil, em inglês), no acampamento de manifestantes inconformados com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) próximo a um quartel militar em Goiânia (GO).
“Este endereço eletrônico dá acesso a uma página da web, que fornece acessos a grupos em apps [aplicativos] como Telegram, WhatsApp, solicita doações e também fornece informações a respeito das paralisações existentes no país”, diz o documento produzido pela Polícia Civil de Goiás.
A ferramenta eletrônica —identificada com a mensagem S.O.S. Forças Armadas Acampamento Goiás— disponibiliza ao menos 18 canais em que o internauta pode se informar sobre os movimentos antidemocráticos.
Segundo a Folha, as informações foram enviadas pelo órgão ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, no processo em que trata desses protestos. O relatório ainda relata que o local dos protestos em Goiânia tem estrutura montada com banheiros químicos e barracas de suporte que fornecem, de forma gratuita, refeições, águas e refrigerantes, sendo coberto por grandes tendas “que servem de abrigo para os voluntários que ali prestam serviços, além dos manifestantes existentes no local”.
“Em tais barracas, havia cartazes solicitando doações através de Pix, sendo possível levantar informações dos responsáveis pelo recebimento”, relatam os policiais.
Também consta no material um vídeo com uma fala antiga de Bolsonaro para induzir que ele estaria apoiando abertamente os protestos.
Em encontro na semana passada com Moraes, procuradores-gerais de Justiça dos Ministérios Públicos de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo disseram ao ministro que integrantes dos atos antidemocráticos fazem parte de “uma grande organização criminosa com funções predefinidas”.
Na última sexta-feira, 11, Moraes determinou que a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e as Polícias Militares dos estados adotem medidas imediatas para a desobstrução de vias públicas bloqueadas por manifestantes bolsonaristas em protestos antidemocráticos.
Como mostrou a Folha, empresários de diferentes estados bancaram a ida de caminhões para Brasília para engrossar o protesto em frente ao quartel-general.
Com informações da Folha de São Paulo.
Imagem em Pixabay.
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