O Plano Safra 2023/2024 foi lançado no final do mês de junho pelo governo federal com a destinação de R$ 364,22 bilhões para apoiar o médio e o grande produtor familiar. Além disso, o programa oferece redução da taxa de juros para recuperar pastagens e premiar a adoção de práticas mais sustentáveis.

Para conversar sobre o assunto, o Espaço Plural inicia a semana recebendo Cleonice Fabiane Back, dirigente sindical, integrante da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf) e senadora suplente, e Milton Bernardes, mestre em Ciências do Solo e superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Rio Grande do Sul.

Milton e Cleonice comemoram a volta do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que foi uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o volume de recursos destinados nesta edição do programa.

“O grande diferencial desse Plano Safra é isso: é mais recurso, redução de taxa de juro e incentivo para a produção de alimentos saudáveis. Eu vejo que essa é a centralidade nesse novo Plano Safra. Claro, que outras questão também são de suma importância, principalmente como disse o ministro no dia do lançamento do Plano Safra que acha que é o Plano Safra mais feminista da história porque ele tem um viés e um olhar especial para as mulheres. Tem um olhar especial para juventude, mais principalmente um olhar para a produção de alimentos saudáveis, para a produção com baixa emissão de carbono e pensar nas questões ambientais”, afirmou Cleonice Back.

Além disso, o Plano Safra vem alinhado com a pauta de combate à fome. Em 2014, o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU, mas voltou em 2022 com mais de 30 milhões de brasileiros e brasileiras em situação de insegurança alimentar, como lembrou Milton Bernardes. A recriação do ministério traz visibilidades aos problemas relacionados à alimentação no país.

“Então, essa questão da produção de alimentos, a transição agroecológica, a agroecologia, é um tema muito importante e muito caro pra nós, a gente tem que produzir sim alimentos, mas a gente tem que produzir alimentos que realmente não tenha essa quantidade de agroquímicos e agrotóxicos que a gente teve no último período. No último período, no governo anterior era realmente passar a boiada. A quantidade de agroquímico que foi liberado foi uma coisa assim nunca antes na história desse país aconteceu. Então, o MDA vem com essa contribuição da diminuição de juros especificamente nessa linha da sociobiodiversidade pra produção agroecológica para orgânicos acho que sinaliza nesse sentido. A gente quer produzir mais alimentos, mas a gente quer produzir alimentos saudáveis”, apontou o superintendente do ministério no Rio Grande do Sul.

Assista ao programa completo:

O programa Espaço Plural vai ao ar no YouTube e no Facebook de segunda à sexta-feira, a partir das 14h, com a apresentação do jornalista Solon Saldanha.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

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