Ex-juiz Sérgio Moro era um dos alvos

A manhã desta quarta-feira está sendo marcada pela ação da Polícia Federal (PF) em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná. Uma série de diligências para cumprir 24 mandados de busca e apreensão, 7 de prisão preventiva e 4 de prisão temporária busca desarticular um plano da facção criminosa PCC que pretendia realizar ataques contra autoridades.

Denominada Sequaz, a ação mira o grupo que “pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro, em pelo menos cinco unidades da federação”. Segundo a PF, um dos alvos era o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

Como ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), o ex-juiz transferiu vários chefes do PCC, entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, para o sistema penitenciário federal.

Em suas redes sociais, Moro escreveu nesta manhã: “Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado”.

O ministro Flávio Dino (Justiça), também por meio das redes sociais, falou sobre a operação: “Foi investigado e identificado um plano de homicídios contra vários agentes públicos (dentre os quais um senador e um promotor de Justiça). Hoje a Polícia Federal está realizando prisões e buscas contra essa quadrilha. Meus cumprimentos às equipes da PF pelo importante trabalho”.

Segundo a apuração, os ataques contra Moro e outras autoridades ocorreriam de forma simultânea, e os principais alvos estavam em São Paulo e no Paraná. Em São Paulo, o alvo era o promotor Lincoln Gakiya, que atua há anos em investigações sobre o PCC.

Foto: Dinheiro apreendido pela PF durante Operação Sequaz —  PF/Reprodução