O celular de Marcelo da Silva Vieira, chefe do Gabinete de Documentação História da Presidência da República durante o governo Bolsonaro, foi apreendido nesta sexta-feira, 12, em uma operação da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro. O ex-funcionário afirmou em depoimento no mês passado que se recusou a assinar um ofício para retirada das joias sauditas.

No telefone, estão as conversas com o tenente-coronel Mauro Cid  sobre as tentativas de reaver as joias apreendidas pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Em depoimento, Vieira afirmou que Cid lhe pediu para assinar um ofício que seria enviado para a Receita, solicitando a retirada dos bens. Mas ele se recusou. Após a negativa, os dois conversaram por ligação com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

As conversas foram via WhatsApp. De acordo com o advogado de Vieira, Eduardo Kuntz, ele mostrou o celular, tirou prints e os entregou aos investigadores. Segundo o g1, Vieira não entregou o celular durante o depoimento porque “estava atrasado” e iria “pegar um voo”, mas prometeu disponibilizar o aparelho para perícia. A PF aceitou a justificativa.

Ainda de acordo com a apuração da reportagem, o ex-funcionário teria mudado de ideia sobre a entrega e por isso a PF solicitou a apreensão do aparelho. O pedido da polícia foi negado pela Justiça da Guarulhos, mas o recurso foi autorizado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).

Para o Ministério Público Federal (MPF), as informações apresentadas por Vieira são insuficientes, justificando a necessidade de acesso ao próprio celular.

Foto: Reprodução/Twitter

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