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PF adia depoimento de Anderson Torres após defesa alegar piora no estado emocional e cognitivo do ex-ministro
PF adia depoimento de Anderson Torres após defesa alegar piora no estado emocional e cognitivo do ex-ministro
A Polícia Federal (PF) adiou o depoimento do ex-ministro da Justiça Anderson Torres marcado para esta segunda-feira, 24, no âmbito das investigações sobre sua atuação durante as Eleições de 2022. O adiamento acontece após a defesa informar que houve uma piora no estado de saúde do ex-ministro.
De acordo com o pedido de adiamento feito à PF, os advogados alegam que “o estado emocional e cognitivo do requerente [Torres], que já era periclitante [em estado de perigo], sofreu uma drástica piora”. A defesa também disse que a Secretaria de Saúde do Distrito Federal atestou a impossibilidade de Torres prestar depoimento por questões médicas no período de uma semana.
Assim que recuperado, a defesa garante o comparecimento e a cooperação do ex-ministro.
O depoimento foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última quinta-feira, 20, a pedido da PF. A nova data ainda não foi marcada.
Investigações
Torres será ouvido no processo que apura a sua atuação durante o segundo turno das Eleições de 2022. Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) entregue ao Ministério da Justiça mostra que, entre 28 e 30 de outubro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, região onde Luiz Inácio Lula da Silva venceu no primeiro turno.
A PRF é subordinada ao Ministério da Justiça e era comandada na época por Silvinei Vasques, também investigado pelas blitze nos ônibus.
De acordo com o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, o trabalho da corporação durante as eleições apresenta anomalias: concentração de operações no Nordeste, mudanças no planejamento inicial, e uma determinação para a PRF atuar em conjunto com a PF durante o segundo turno.
A PF também apura a viagem que Anderson Torres fez à Bahia na véspera do segundo turno com a justificativa de reforçar o contingente de trabalho da PRF contra supostos crimes eleitorais. A Bahia é um dos estados em que Lula recebeu mais votos no primeiro turno das eleições.
Segundo o g1, o ministro Alexandre de Moraes assegurou ao ex-ministro “o direito ao silêncio e garantir de não autoincriminação, se instado a responder a perguntas cujas respostas possam resultar em seu prejuízo”.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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