Especial
PALHAÇO ARRELIA
PALHAÇO ARRELIA
De GABRIEL GUIMARD*
( Waldemar Seyssel / 1905 – 2005 )
As matinês do circo do palhaço Arrelia e posteriormente o “Cirquinho do Arrelia” da TV Record (de 1955 a 1966) fizeram parte do cotidiano da família paulistana. Deixou como marca registrada nessa cidade o popular bordão “Como vai, como vai, como vai? Eu vou bem, muito bem…bem…bem!”, a qual se tornaria o refrão de uma música em ritmo de Marcha (música) Marcha cantada por ele.
Mas, ao contrário de seu pai e seu avô, Waldemar não virou palhaço por amor, mas por acaso. Seu sonho era ser advogado. Porém, certo dia, Waldemar foi obrigado a substituir um palhaço que não pôde entrar em cena. Seus irmãos o pintaram, o vestiram, e o empurraram para o meio do picadeiro. Irado, Waldemar caiu no chão, levantou, caiu de novo, pulou de raiva, levantou mancando, perseguiu os irmãos para lhes dar uma surra, e a cada gesto, a plateia ria e aplaudia sem parar. Quando a raiva passou e a alegria de estar em cena tomou conta dele, Waldemar percebeu que a palhaçada estava no sangue e entrou para a trupe da família com o nome de Arrelia.
Arrelia era o apelido que ele tinha quando menino porque gostava de irritar os mesmos irmãos que, quando adulto, o fizeram cair na folia.
Arrelia iluminou a vida de muitas crianças e adultos por onde passou…
Um mal/mau político é um boçal, um idiota, nunca um palhaço. Parem, por favor, de chamar políticos dessa laia de palhaços.
*Palhaço, mímico, professor de palhaçaria, astrólogo e colagista – artista que cria colagens.
O autor possui colagens à venda: Mais informações pelo email – metaversocolagem@gmail.com
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