Opinião
O triunfo da democracia
O triunfo da democracia
De AMARILDO CENCI*
A vitória de 30 de outubro de 2022 entrará para história como o triunfo da democracia sobre o espectro do totalitarismo que voltou a assombrar o nosso país e o mundo. A vitória que protagonizamos reascendeu a esperança em um mundo melhor, mais justo, igualitário, com mais direitos, sem racismo e discriminações.
Uma vitória como essa deixa fortes aprendizados. O primeiro e o mais importante, “nunca podemos duvidar da capacidade do povo brasileiro”. A verdade é que o povo mais empobrecido, os jovens sem perspectivas e as mulheres discriminadas salvaram a nossa democracia.
Enfrentamos inimigos poderosos que usaram tudo o que foi possível para nos esmagar. Maus empresários compraram votos, assediaram eleitores, patrocinaram a máquina de produzir mentiras. Foi uma eleição que ascendeu a luta de classes. Portanto, quem não acredita no povo e secundariza a luta de classes, se enganou.
Um enfrentamento como esse também mostra as nossas fraquezas. Percebemos o quanto é necessário melhorar a nossa representatividade na sociedade. O engajamento da militância foi espetacular, mas revelou o quanto estamos distantes, o quanto precisamos dialogar com a sociedade e aperfeiçoar os nossos métodos e linguagem.
Lula disse que não tem tempo para perder. Nós dos movimentos sociais também não temos nenhum tempo a perder. Precisamos deflagrar imediatamente ações que garantam a posse e a governabilidade. Precisamos voltar as nossas bases com os compromissos assumidos na campanha que deu a vitória.
Lula disse que conhece as expectativas. Nós também conhecemos. Essas expectativas precisam ser atendidas. Não temos dúvidas que os nossos inimigos tentarão diminui-las. Esse será o nosso grande desafio dos próximos meses.
Quem não aceita os resultados e está provocando tumultos quer a manutenção da desigualdade, da violência e do autoritarismo. Não permitiremos.
*Presidente da CUT-RS.
Imagem em Pixabay.
As opiniões emitidas nos artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da Rede Estação Democracia.
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