Reportagem do Correio do Brasil traz dados que chegaram ao grupo de trabalho da equipe de transição.

A publicação afirma que a equipe de transição do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve informações que “apontam para a existência de um núcleo de adeptos do presidente em fim de mandato, Jair Bolsonaro (PL), nas agências de inteligência brasileiras. Potencialmente, os nomes liderados pelo general reformado Augusto Heleno tramaram um golpe de Estado, no país, durante a atual gestão”.

Com isso, “integrantes do GT avaliam desligar a segurança do novo presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que integra o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e tem Augusto Heleno na direção”.

A partir disso, especula-se que a Abin seja transferida para a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), sob o possível comando do ex-chanceler Celso Amorim, e a segurança direta de Lula caberia integralmente à Polícia Federal (PF).

O general augusto Heleno já se posicionou diversas vezes contrário ao presidente eleito com ações que ferem diretamente o estado democrático e de direito, como ao dar apoio aos militantes de ultradireita que atacaram o Supremo Tribunal Federal (STF) e até mesmo lamentando que Lula não estivesse doente.

Em contrapartida, o general Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro e ex-aliado de Jair Bolsonaro defendeu que seja mantida a normalidade do processo democrático no país, ao criticar  a possível entrega dos cargos por parte dos comandantes das Forças Armadas, antes do final do ano e da posse do presidente eleito em outubro.

“Comando exige responsabilidade de ponta a ponta. Você é nomeado e tem que exercer sua função, tem que lidar com seus espinhos. Tem que prestar honras regulamentais, não interessa para quem seja. Isso é funcional”, aponta o general Santos Cruz.

Foto do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, que participou do programa Sem Censura, na TV Brasil, em 2021 – Marcello Casal Jr/Agência Brasil.