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Opinião

Na luta, sem medo, sem censura e na coragem

Na luta, sem medo, sem censura e na coragem

Artigo por RED
03/12/2022 04:50 • Atualizado em 04/12/2022 15:03
Na luta, sem medo, sem censura e na coragem

De JAYR SOARES*

Na luta danada implementada na campanha de Lula Presidente, observamos muita gente unida pela liberdade de deter esse monstro chamado Fascismo na frente do governo brasileiro.

Sem medo fomos para as ruas. Enfrentamos a violência típica de seguidores dessa seita maléfica para uma sociedade tentando evoluir e abolir a censura tão nefasta e belicosa buscando trilhar caminhos de paz e serenidade. Momentos de rara beleza aconteceram. Se fosse pela estupidez dessa gente cega e apaixonada pela desgraça de um país jovem lutando contra a monstruosidade de maldades já superadas, estaríamos diante da barbárie do fascismo. Mas vencemos esse mal súbito.

Não há comunismo no horizonte. Nem socialismo que desejo tanto. Não há valores de compaixão, delicadeza, afetos, solidariedade e tolerância para com aqueles que pensam diferentes e enxergam o mundo por outras óticas.
Quem tanto prega nas ruas liberdade e democracia, na verdade, defende em suas entranhas sádicas a violência e o autoritarismo desse fascismo de cara tão pestilenta. A intolerância é a saga dessa gente. Incapazes de escutar e de dar as mãos, vão preferindo a luz dos seus desejos sádicos através da imposição das suas verdades. Querem a morte e a vingança a qualquer custo.

Não vejo ousadia e muito menos coragem nessa gente hilária defendendo apenas sua visão de mundo tão arcaica. Apenas seus interesses egoístas.

Há uma covardia por traz desse povo quando invoca a volta de militares para o governo da nossa sociedade. Já temos na história os 21 anos de tanto terror e o horror das casernas, imposto pelas vontades esquizofrênicas de gente totalmente despreparada para gerir tanta diversidade desse povo varonil do meu Brasil. Quero a volta do “É proibido proibir” do passado. Quero liberdade ampla sem censura como essa gente tão cega não deseja. Querem apenas a sua liberdade impulsiva de morte.

Basta de sofrimento. Nosso desejo é a busca da paz e da vida perene entre nós. Precisamos deter essa pulsão de morte invocando o amor pelas nossas existências. Não desejamos dividir nada, apenas somar e multiplicar as riquezas que sempre ficaram nas mãos dos mesmos.

Queremos juntar as inteligências da academia e das periferias com tantas sabedorias trituradas pelo sistema que sempre privilegiou uma casta de ricos apaniguados por esse modelo de Estado que jamais pensou no povo como um todo absoluto. Gente incapaz de conviver com direitos e a justiça de todos nós. Gente que só pensa em grana, em dinheiro, nas suas riquezas. Gente que só sabe subtrair e não multiplicar. Gente doente que precisa ser detida com urgência.

Quem produz sempre riquezas não é essa classe sentada em poltronas e no ar condicionado de salas onde decidem apenas escolher caminhos da exploração e da violência desse povo tão oprimido e castrado.

Basta. Não suportamos tanta exploração, tanta dor e nenhum pingo de piedade.

Meu desejo é pela refundação de movimentos coletivos onde haja espaços para todos que comungam até o comunismo ou a ditadura. Importante é o estabelecimento de espaços de dialogo tão eficaz na gestão de novas verdades e novos estilos de vida. Lugares para sair da paixão cega e abrir os olhos para esse sistema capitalista destruindo a natureza do mundo e do ser humano ao redor da terra. Sistema excludente. Sistema incapaz de incluir. Sistema parasita. Sistema que produz guerra e não a paz entre os povos e seus respectivos países. Movimentos cultivadores de sobrevivência e convivência em harmonia de diferentes.

Não podemos mais concordar com a ditadura de modelos de Estados que só defendem a iniciativa privada. Não podemos mais advogar como modelos de governos que só privilegiam a propriedade privada. Gestão que faz do Estado um lugar nefasto e balcão de negócios espúrios. Sempre para os mesmos. Temos de combater com toda nossa força essas castas de privilegiados nos Governos da Federação, dos Estados e Municípios.

Governos que abrem espaços para a exploração dos recursos naturais de forma tão liberal sem nenhum controle jurídico ou social. A terra, a natureza não suporta mais esse ataque. Junto com ela estamos todos morrendo.

Urge que detemos essa saga polarizada entre ricos e pobres, entre o bom e o mau, entre o bem e o ruim, entre trabalhador e vagabundo, entre o belo e o feio, e a pior de todas: a liberdade e a censura. Precisamos romper com a covardia estimulando a coragem pacifica de um povo tão alegre como nós brasileiros.

Basta dessa guerra racial entre brancos e negros, entre heterossexuais e homossexuais, entre o homem e a mulher, entre pais e filhos.

Somos um povo singular e único. Povo que ama o futebol. Povo que ama a musica brasileira em todos os seus tons e sons. Povo que ama o carnaval. Enfim, povo tão religioso capaz de abraçar todas as religiões com seus Deuses e mitos.

Hoje, agora refletindo e escrevendo esse texto, fico pensando como buscar a paz dentro de famílias de sangue onde esse conflito eleitoral entre Bolsonaro e Lula, separou irmãos, pais, filhos, primos, sobrinhos e toda essa gente de mesmo sangue. Como substituir esse ódio, esse ressentimento pelo afeto amoroso tão eficaz nas horas amargas ou belas das lutas pela vida? Como será as confraternizações de Natal e Ano Novo?

Eu não sei.

Espero que o tempo cure essas chagas tão nefastas para tempos sombrios que se avizinha e aproxima. Precisamos encontrar caminhos. Eu tenho buscado estudando a filosofia e aprendendo com a civilização Indígena.

Portanto, abaixo esse individualismo sadomasoquista preferindo a dor e não a saúde para si mesmo. Abaixo a censura da liberdade e da oportunidade de expressão de vontades tão significativas para esse tempo assombroso.

Espero que Lula com sua Frente Ampla pela Democracia seja tão astuto e capaz de abarcar toda essa imensidão de desejos e vontades tão diversos em seu governo do Brasil pelos próximos 4 anos.

Hau Haux.


*Psicólogo e psicanalista.

Imagem em Pixabay.

As opiniões emitidas nos artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da Rede Estação Democracia.

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