O Ministério Público Federal (MPF) traçou o perfil dos mais de mil participantes dos atos antidemocráticos do dia 08 de janeiro. Metade recebeu auxílio emergencial e cerca de 60% dos detidos são homens.

Veja outros dados:

• A maioria tem entre 36 e 55 anos
• Menos de um quinto é filiado a algum partido político
• Alguns se candidataram em eleições passadas ou forneceram serviços para campanhas políticas

Após os atos que depredaram as sedes dos três poderes, 1.406 pessoas foram presas em flagrante. Uma parte já foi liberada com aplicação de medidas cautelares. Outros 942 envolvidos tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva.

O levantamento realizado por um grupo técnico do MPF irá contribuir nas investigações para analisar individualmente cada investigado.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) já abriu denúncia contra 835 participantes dos atos. Só na última terça-feira, 14, foram 139 denúncias, mas elas não são iguais.

• 645 pessoas participaram dos atos ou estavam acampadas em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, mas não atuaram ativamente na depredação. A PGR os classifica como incitadores.
• 189 são executores. Praticaram a invasão, o vandalismo e depredação dos prédios públicos.

A PGR aponta as práticas dos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

As denúncias são encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes é o responsável pelas investigações na Corte.

Além da PGR, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu que a Justiça Federal do Distrito Federal condene 54 pessoas e três empresas por financiarem a tentativa de golpe e a depredação. A AGU pede o ressarcimento de R$20,7 milhões pelos danos causados ao patrimônio público.

Com informações da Agência Brasil e do g1.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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