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Lula convoca reunião de emergência para manhã desta quarta-feira
Lula convoca reunião de emergência para manhã desta quarta-feira
Segundo a Folha de São Paulo, “o presidente Lula (PT) convocou de última hora para a manhã desta quarta-feira (31) uma reunião com o núcleo da articulação política do governo para discutir as derrotas na Câmara e a MP (medida provisória) que trata da reestruturação ministerial”.
A publicação afirma que ministros da Casa Civil, Rui Costa, das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o líder do governo na Casa Legislativa, José Guimarães (PT-CE), estiveram com o presidente para debater o assunto, isso porque o governo tentará na sessão de hoje, 31, aprovar a medida provisória que iria à votação ontem, 30, mas teve apreciação adiada a pedido do Planalto.
A MP original, formulada logo no início do governo Lula com a nova organização da Esplanada, ampliou o número de ministérios de 23 para os atuais 37 e redistribuiu setores e demandas entre as estruturas. Mas caso a medida provisória não seja aprovada, os ministérios voltariam a se organizar praticamente como na gestão anterior, de Jair Bolsonaro (PL).
Já na Câmara, o relator da MP e líder do MDB, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (AL), modificou pontos da política ambiental do governo, que atualmente estão com o Meio Ambiente e os Povos Indígenas, transferindo para outras pastas, e também entregou mais atribuições aos ministérios com partidos do centrão, que terão mais poder sob sua alçada. Este seria o motivo de insatisfação de Marina Silva (Rede), atual titular do Meio Ambiente, que é quem mais perde atribuições, enquanto trava disputa interna sobre a exploração da Foz do rio Amazonas pela Petrobras.
Deputados da oposição e do centrão enviaram recados ao Palácio do Planalto de que há insatisfação e que podem usar a votação da MP para emparedar o governo pela demora na liberação de emendas, além da lentidão nas nomeações em cargos regionais. Eles estariam ameaçando não votar no prazo (esta quinta-feira, 01), fazendo com que a medida acabasse perdendo efeito.
Foto: Ricardo Stuckert
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