?>

Opinião

Livro

Livro

Artigo por RED
10/10/2022 06:00 • Atualizado em 10/10/2022 22:40
Livro

De ADELI SELL*

Oh! Bendito o que semeia
Livros à mão cheia
E manda o povo pensar!
O livro, caindo n’alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!
(Castro Alves)

 

Em 2022, a nossa Feira do Livro, tradicional na Praça da Alfândega, em Porto Alegre, faz sua 68ª. edição. São de fato muitos livros de todos os tipos, para todos os gostos dos leitores. São livros à mão cheia, de encher sacolas, sejam aqueles que você pegou um autógrafo, sejam aqueles que saíram dos balaios de saldos.

Como sempre a seção Infantil e Infanto-juvenil promete, sob direção da Sônia Zanchetta, trazendo crianças de escolas da periferia, com ônibus gratuitos, contação de histórias etc.

Com mais de 70 bancas, já teve mais, mas com mais espaço agora de circulação para as pessoas.

Concomitantemente, muitos debates, saraus, sob o lema dos 250 anos de Porto Alegre.

Um aspecto positivo da última e desta é que teremos mais foco no LIVRO do que em atividades que havia no passado e que pouco contribuíam com a divulgação do livro.

Haverá lançamentos e papos no Bistrô do Margs e no Boteco do Porto ali na praça mesmo.

Mas o livro em Porto Alegre não está restrito a esta louvável atividade tão longeva.

No dia 15 de outubro, portanto 15 dias antes da grande Feira, haverá a III Feira do Livro do Chalé da Praça XV, com autores, também com ofertas bem variadas. O que distingue este de outros eventos é a presença de autores, com direito a papos, troca de ideias, rodas de conversas, LIVE etc.

O certo é que estes eventos culturais do Chalé vão se consolidando, pois ali já tivemos vários lançamos de livros e outros eventos culturais.

O livro precisa também chegar a outras praças. Numa delas, a Brigadeiro Sampaio, primeira praça da capital, está sendo gestada uma feira, na esteira dos eventos feitos no Recanto dos Poetas Provincianos, com sucesso.

Mas o livro precisa chegar até a Esplanada da Restinga e na Praça México no Leopoldina-Rubem Berta.

O livro precisa novamente adentrar as bibliotecas de escolas e das comunidades, todas carentes de acervos novos.

Os eventos de trocas de livros ganham corpo tanto na Biblioteca Pública do Estado quanto na Josué Guimarães, da
municipalidade.

A população precisa saber que a ONG Cirandar abriu seu espaço, biblioteca e outras atividades em pleno Centro Histórico, na Rua dos Andradas,851, bem próximo à Casa de Cultura Mário Quintana.

Em Cachoeirinha é louvável e digno de nota a ação da ONG Ágora.

Em Morro Reuter, o Obelisco de Livros, na BR-116, conta com oito bancos em formato de livros, e não é apenas um elemento de marketing local. Lá, de fato, existe pela municipalidade e pela comunidade uma ação de formar público leitor.

No Vale do Paranhana, o Coletivo de Escritores e Artistas do Paranhana (CEAP) tem feito saraus semanais, participado de feiras na região, agitando o livro na microrregião. Além disto, temos ali a revista literária de alta qualidade – Paranhana Literário.

Aqui, em Porto Alegre é edita outra revista – Literatura RS – digna de nota e leitura.

Junta-se a estas a revista eletrônica – Parêntese – editada pelo grupo Matinal.

Eis alguns toques do LIVRO pelo Estado, sendo que em breve retomaremos o tema com a sinalização de mais atividades pelo Rio Grande do Sul afora. As atividades do chamado Café com Paulo Freire vai merecer nossa atenção aqui.


*Escritor, professor e bacharel em Direito.

Foto da Feira do Livro de Porto Alegre de Bere Fischer/Divulgação.

As opiniões emitidas nos artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da Rede Estação Democracia.

Toque novamente para sair.