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Lira e Pacheco apostam na defesa da democracia para a reeleição

Lira e Pacheco apostam na defesa da democracia para a reeleição

Politica por RED
29/01/2023 14:00 • Atualizado em 29/01/2023 12:44
Lira e Pacheco apostam na defesa da democracia para a reeleição

Rápido reconhecimento de vitória de Lula, acenos ao petista e reação a golpistas foram gestos dos presidentes das casas legislativas que concorrem à reeleição.

A eleição do presidente do Senado e do presidente da Câmara pelos próximos dois anos ocorre no dia 1º de fevereiro, data em que os parlamentares eleitos no pleito de outubro tomam posse oficialmente. Mirando a reeleição,  o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apostam na defesa da democracia  para reunir os votos necessários para se manterem na posição de liderança das casas legislativas.

Segundo a Folha de São Paulo, Lira “pavimentou sua candidatura” a partir de três ações: “o imediato reconhecimento público da vitória de Lula, a condução da aprovação da PEC que deu fôlego orçamentário ao novo governo e, por fim, a reação contra os vândalos golpistas do dia 8 de janeiro”. Estes acenos ao novo presidente teriam garantido os votos dos petistas e de parte da ala de esquerda, assim como votos já consolidados de outros setores da câmara como líder do chamado centrão.

Ainda segundo a publicação, o primeiro aceno de Lira ao presidente eleito se deu ainda na noite do segundo turno, em 30 de outubro: “Apesar de ter sido um aliado fiel e de ter comandado no Congresso a aprovação do pacote eleitoreiro que buscava vitaminar as chances de reeleição de Bolsonaro, Lira foi a público naquela noite parabenizar Lula, fazer a defesa do resultado das urnas e dizer que era hora de construir pontes”, destaca a matéria.

Já Pacheco, em entrevista também para a Folha, lembra que sempre adotou papel conciliador em defesa da democracia e “afirma que o conjunto de ações antidemocráticas, que teve como ápice o ato golpista de 8 de janeiro e a descoberta de uma minuta para decretar estado de defesa, mostra que houve preparação para uma ruptura institucional”.

O parlamentar ainda destaca considerar que “essa posição firme do Senado em defesa da democracia é o grande legado que o Senado deixa para essa quadra histórica e triste do Brasil, em que houve a pretensão concreta da ruptura institucional e da implantação de uma ditadura”, e que, apesar de não querer ser leviano, afirma que “o ex-presidente estimulou a divisão da sociedade brasileira em diversos momentos e foi, no mínimo, incapaz de conter o extremismo de seus apoiadores”.

Questionado sobre a governabilidade na presidência do Senado, Pacheco diz esperar “uma relação de harmonia, de respeito, mas de independência entre os Poderes. O presidente buscará ter a base necessária no Senado para aprovação das matérias e, dentro dessa base, nós vamos construir as soluções para o país. Mas algo que é do meu perfil, que é do meu temperamento, que é o respeito a todos”.


Fotos: Marcelo Camargo e Wilson Dias / Agência Brasil.

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