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Invasores da Terra Yanomami buscam fuga para países vizinhos
Invasores da Terra Yanomami buscam fuga para países vizinhos
Os garimpeiros invasores das terras indígenas Yanomami, em Roraima, estão se mobilizando para fugir da região. O movimento que vem se intensificando nos últimos dias. De acordo com a Polícia Federal (PF), que acompanha o caso, o preço das viagens clandestinas está inflacionando. Os garimpeiros que possuem aeronaves estão cobrando R$15 mil por pessoa.
De acordo com a Folha de S. Paulo, os destinos da fuga são a Venezuela, território vizinho a terra indígena, e a Guiana, mais distante. Na Venezuela, a região de Auaris que faz fronteira com a terra Yanomami também sofre com casos de malária.
Além da fuga por avião, alguns estão usando barcos. Há registros de garimpeiros ilhados na região que passaram a recorrer ao governador de Roraima, Antônio Denarium (PP) para receber ajuda. O governador está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) desde o dia 29 de janeiro, após fala discriminatória contra os indígenas em entrevista a Folha de S. Paulo.
Espaço aéreo
No dia primeiro de fevereiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto para que a Força Aérea Brasileira (FAB) controle o espaço aéreo na terra indígena com a criação da Zona de Identificação de Defesa Aérea, a Zida.
Somente aeronaves militares ou em operação de emergência são permitidas. Segundo a Aeronáutica, “as aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas nas áreas determinadas pela Força Aérea, estarão sujeitas às Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA)”.
Demora
Para a Defensoria Pública da União (DPU) , o governo está demorando para controlar a crise. Um ofício enviado na sexta-feira, 3, pede que até esta segunda-feira, 6, sejam apresentam quais medidas concretas foram tomadas para a resolução do problema na terra indígena Yanomami. As informações também são do jornal Folha de S. Paulo.
O documento está endereçado a Rui Costa (Casa Civil), Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Jônia Wapichana (Funai). Um outro ofício já havia sido enviado no dia 30 para Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e José Múcio (Defesa).
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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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