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Opinião

Importância da representatividade negra e periférica na política de Porto Alegre

Importância da representatividade negra e periférica na política de Porto Alegre

Artigo por RED
13/12/2023 05:25 • Atualizado em 15/12/2023 07:02
Importância da representatividade negra e periférica na política de Porto Alegre

De ALEXANDRE CRUZ*

As eleições municipais de Porto Alegre se aproximam, trazendo consigo a oportunidade de moldar o futuro da cidade. Este momento crucial exige reflexão sobre os valores que queremos ver representados na liderança política local. Nesse contexto, é imperativo destacar a importância da representatividade negra e periférica, especialmente ao considerar as experiências vividas por comunidades nas vilas e periferias da cidade.

O chamado à unidade progressista deve ir além da mera colaboração partidária. Deve também incorporar a diversidade e as vozes daqueles que muitas vezes são marginalizados. A diversidade não apenas enriquece o tecido político, mas também garante que as preocupações e perspectivas das comunidades periféricas sejam devidamente representadas.

Para verdadeiramente levantar Porto Alegre, é crucial reconhecer que a liderança política deve refletir a realidade social da cidade. Isso significa abrir espaço para lideranças negras e periféricas ocuparem posições de destaque, inclusive como cabeças de chapa. Ignorar essa realidade seria não apenas uma negligência da diversidade, mas também um desrespeito aos desejos expressos nas urnas.

Reconhecendo que a esquerda enfrenta desafios internos, é fundamental superar divergências em prol de um objetivo comum: a construção de uma cidade mais inclusiva e justa. Isso implica reconhecer que a vitória eleitoral da esquerda está intrinsecamente ligada à capacidade de se conectar com as comunidades periféricas, abraçando suas demandas e aspirações.

Em resumo, as eleições municipais de Porto Alegre oferecem uma oportunidade única para transformar o cenário político local. Ao reconhecer a importância da representatividade negra e periférica, podemos construir uma liderança política verdadeiramente inclusiva. Essa abordagem não apenas reflete a diversidade da cidade, mas também fortalece a conexão entre a esquerda e as comunidades que anseiam por mudanças significativas.

A vitória eleitoral não deve ser apenas um triunfo partidário, mas sim a conquista coletiva de uma cidade mais justa e representativa para todos os seus cidadãos.


*Jornalista.

Imagem da Praça do Tambor, que faz parte do percurso negro em Porto Alegre. Foto: Alex Rocha/PMPA

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