Folha de São Paulo teve acesso aos valores após pedido de LAI (Lei de Acesso à Informação) e informações do Portal da Transparência.

Jair Bolsonaro (PL) já não é mais presidente do Brasil, mas sua viagem aos Estados Unidos ainda onera o país. Isso porque o ex-chefe de estado viajou dois dias antes do término do seu mandato, com direito a reembolso de despesas, e a lei permite que ex-mandatários do Executivo mantenham seis assessores remunerados pelo Orçamento, além de dois carros com motorista.

Segundo a matéria da Folha, R$ 667,5 mil envolvem diárias, hospedagens, aluguel de veículos e intérpretes, entre outras despesas, de quando Bolsonaro ainda era presidente, do dia 28 de dezembro, quando os primeiros servidores foram em missão precursora até os EUA, até 31 de dezembro. Já os demais R$ 271 mil foram pagos em diárias para os assessores que ficaram com Bolsonaro após ele deixar o cargo.

“Como os servidores não moram em Orlando, onde Bolsonaro está desde o fim do seu mandato, eles recebem diárias além dos respectivos salários”, frisa a publicação, que também lembra que “a conta não contempla gastos com o voo para os EUA, feito em avião da FAB (Força Aérea Brasileira). Procurados, o ex-presidente e o Itamaraty não quiseram comentar. A Aeronáutica também não informou o custo do voo”.

Além de viajar em avião da FAB, os dados ainda revelam que Bolsonaro gastou  US$ 65,3 mil —ou R$ 338 mil em aluguem de carros custeados pelo governo federal.

A matéria ainda lembra que a entrada como presidente permitia uma estadia nos EUA de 30 dias, período que se encerrou em 30 de janeiro. Bolsonaro pediu conversão para um visto de turista, o que permite que ele fique no país por até seis meses, mas esta modalidade impede que o ex-presidente receba por palestras, o que chegou a ser cogitado como fonte de renda por ele.

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