O Ministério da Saúde incinerou 36 milhões de vacinas que foram compradas pelo governo de Jair Bolsonaro e que já estavam vencidas ou perto do prazo de validade. Os imunizantes foram descartados no primeiro semestre deste ano. As informações foram obtidas através da Lei de Acesso à Informação (LAI) pelo Metrópoles.

Segundo o levantamento, a cada 10 doses descartadas, 9 venceram ainda em 2022 ou até março deste ano. A maioria são de vacinas contra a covid-19, maior alvo de informações falsas pelo ex-presidente. Ao todo foram incineradas:

• 24,3 milhões de doses da vacina contra covid-19 (66%)
• 5,6 milhões da vacina tríplice, ou DTP (difteria, tétano e coqueluche), correspondendo a 15%;
• 3,3 milhões de vacinas da febre amarela, representando 9%.

Outras vacinas também foram jogadas fora: raiva canina, BCG (tuberculose grave), hexavalente (difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, hepatite B e Hib); catapora; tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e catapora); e cólera.

O governo Bolsonaro desperdiçou R$ 2,2 bilhões em insumos estratégicos, como as vacinas, de acordo com a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara.

O ministério foi procurado pelo reportagem. Em resposta, afirmou que conseguiu salvar 12,3 milhões de vacinas em ações emergenciais, resultando em uma economia de R$ 251 milhões. Além disso, destacou que foram retomadas as campanhas de vacinação, que negociou doações humanitárias e que criou um comitê de monitoramento dos estoques.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil.

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