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Galípolo defende legitimidade do presidente Lula

Galípolo defende legitimidade do presidente Lula

Economia por RED
07/07/2023 11:51
Galípolo defende legitimidade do presidente Lula

Gabriel Galípolo foi nomeado e aprovado pelo Senado como novo diretor de Política Monetária do Banco Central e concedeu entrevista à Folha de São Paulo, publicada nesta sexta-feira, 7. Galípolo falou de suas perspectivas no cargo, a autonomia do Banco Central e defendeu legitimidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em criticar a instituição.

“Se tem alguém com legitimidade para falar, é ele. Não tem ninguém mais qualificado para saber o sentido e o objetivo de cada uma das suas falas”, afirma o novo diretor, que pontua que Lula tem 60 milhões de votos dos brasileiros e sempre será escutado.

Com relação ao seu papel no novo cargo, Galípolo avalia que seu papel será de “tradução” entre o mundo político e o mercado financeiro, fazendo as interlocuções necessárias para uma relação mais tranquila do BC com o governo, com o legislativo e também com a sociedade.

Perguntado sobre as críticas de Lula ao BC e seus efeitos, o novo diretor lembra que o próprio Roberto Campos, presidente da instituição, quando perguntado, também respondeu que “o presidente tem toda a legitimidade para falar sobre o que quiser. E não só pelos votos, mas é o terceiro mandato. É um político experimentado, que conhece a economia, porque ele vivenciou. Ele pode falar com autoridade sobre o tema” e diz acreditar que as falas do presidente levam o assunto para o debate público, o que seria positivo.

E quando questionado sobre a autonomia do Banco Central, Galípolo explica que muitas vezes as pessoas confundem o significado dessa “autonomia”, que no caso do BC, é técnica e operacional, mas que deve responder ao processo democrático. “Às vezes, a gente precisa explicar bem o que significa a autonomia do Banco Central. Talvez possa haver alguma confusão. Às vezes, as pessoas ficam com uma sensação de que é uma autonomia do processo democrático. É uma autarquia, como várias outras, que tem uma autonomia técnica e operacional”, explica ele à Folha. E complementa: “O destino econômico do país, é óbvio que ele é decidido nas urnas. Basta ver o quanto o debate econômico ocupa as disputas eleitorais”.


Foto: Washington Costa/Ministério da Fazenda

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