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G20: presidência do Brasil é importante para propor uma agenda positiva para o mundo

G20: presidência do Brasil é importante para propor uma agenda positiva para o mundo

Espaço Plural por RED
14/09/2023 15:05 • Atualizado em 14/09/2023 15:01
G20: presidência do Brasil é importante para propor uma agenda positiva para o mundo

O Brasil assumirá a presidência rotativa do G20 em dezembro deste ano. Na reunião da cúpula das 19 maiores economias do mundo, o presidente Luis Inácio Lula da Silva assumiu o cargo em uma cerimônia simbólica, na Índia. Está é a segunda vez que o Brasil presidente o grupo, sendo que a primeira foi no segundo mandado do presidente Lula, em 2008.

A presidência brasileira é positiva para a reinserção do Brasil no cenário global e proposição de uma agenda e para a política externa, segundo Ana Regina Simão, doutora em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenadora do curso de Relações Internacionais da ESPM-POA.

“É muito importante para o Brasil, para a relação do Brasil com o mundo. Presidir um grupo onde congrega países, grandes potenciais, países em desenvolvimento ou, como queira chamar, os famosos emergentes. Isso é importante e a voz do Brasil nesse momento, presidindo o G20 é importante para sinalizar uma agenda. Uma agenda que o Brasil propõe pro mundo. Para além do simbólico, é importante para a inserção do projeto do governo, da ideia de política externa”, comenta.

O Brasil estará a frente do G20 de 1° de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024. Durante este período, o presidente Lula irá propor uma agenda global voltada para o combate à fome, pobreza e desigualdade; a transição energética e o desenvolvimento sustentável; e a reforma do sistema de governança internacional. Para Bruno Lima Rocha, cientista político, jornalista e professor de Relações Internacionais, o Brasil está em uma posição favorável graças ao reconhecimento dos países.

“O Brasil tem condições de fazê-lo [presidência] com ou sem um agenda internacional. Organizando uma agenda mundo, porque a política doméstica conta, se a gente puder inserir na política local de alguns países chaves o problema da emergência climática e o problema da fome, ao mesmo tempo essa pressão local pode diminuir  relativamente em relação a uma escalada de ameaças, possíveis guerras e tensionamento na expansão da dupla China-Rússia versus Ocidente. Quando mais agenda positiva o Brasil colocar, é uma política boa em escala planetária”, afirma.

De acordo com Ana Regina Simão, o governo acerta em fazer o agendamento destes temas. “Agora, objetivamente, o que que o mundo fará, o que as grandes potenciais, o que os países ricos farão para cumprir uma agenda que mitigue a fome, aí de fato, aí a gente entra num segundo estágio. Agora, mostrar, evidenciar a fome no mundo, isso aí já é um passo para levar o debate, um passo para levar essa discussão, um passo para mostrar esse problema. Acho que são dois caminhos e eles são excludentes, eles dependem um do outro inclusive para as medidas mais sólidas”, pontua.

Assista ao programa completo:

O programa Espaço Plural vai ao ar no YouTube e no Facebook de segunda à sexta-feira, a partir das 14h, com a apresentação do jornalista Solon Saldanha.


Foto: Ricardo Stuckert/PR.

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