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Familiares de vítimas e sobreviventes fazem vigília para lembrar incêndio da Boate Kiss que completa 10 anos nesta sexta-feira;

Familiares de vítimas e sobreviventes fazem vigília para lembrar incêndio da Boate Kiss que completa 10 anos nesta sexta-feira;

Noticia por RED
27/01/2023 18:30 • Atualizado em 27/01/2023 17:53
Familiares de vítimas e sobreviventes fazem vigília para lembrar incêndio da Boate Kiss que completa 10 anos nesta sexta-feira;

O incêndio na Boate Kiss que matou 242 pessoas e feriu outras 636 em Santa Maria completa 10 anos nesta sexta-feira, 27. O caso que abalou o Rio Grande do Sul e o Brasil segue sem nenhum responsável condenado.

Familiares das vítimas e sobreviventes se reuniram de madrugada em uma vigília na Praça Saldanha Marinho, no centro da cidade. Depois, o grupo saiu em caminhada até a frente do prédio onde funcionava a boate e fizeram um minuto de barulho para lembrar o ocorrido.

Durante o dia, balões brancos foram soltos em homenagem às vítimas da tragédia.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Bergamoteira

Uma bergamoteira foi plantada em 2014, um ano após o incêndio, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) onde 116 das 242 vítimas estudavam. Segundo informação do G1, quatro das cinco pessoas que plantaram a árvore se encontram hoje.

Paulo Burmann, havia assumido como reitor da universidade 30 dias antes do incêndio; Adherbal Ferreira, fundador da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia e que perdeu a filha Jenefer; Nilda Gómez, argentina que perdeu o filho Mariano no incêndio da boate Cromañón, em Buenos Aires, em 2004; e Rosalino Cassol, que perdeu a filha Suziele.

Responsáveis estão soltos

Em dezembro de 2021, quatro réus considerados responsáveis (Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Londero Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão) chegaram a ser condenados pelo Tribunal do Júri do Foro Central de Porto Alegre, mas as sentenças foram anuladas pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça por ter falhas no processo do julgamento, em agosto de 2022.

Desde então, o processo aguarda a conclusão de diligências para que a 2ª Vice-presidência do TJ-RS decida sobre a admissão dos recursos movidos pela acusação e pela defesa.

Além do processo de responsabilização, a criação da Lei Kiss também veio como resposta para que casos como da Boate Kiss não voltem acontecer. Foram criadas normas de prevenção e combate a incêndios para todos os imóveis não considerados como unifamiliares exclusivamente residenciais. Porém, a legislação vem sendo flexibilizada nos últimos anos.


Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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