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Enchentes no Rio Grande do Sul: omissão imperdoável do Governador e do prefeito

Enchentes no Rio Grande do Sul: omissão imperdoável do Governador e do prefeito

Artigo por RED
27/05/2024 11:15
Enchentes no Rio Grande do Sul: omissão imperdoável do Governador e do prefeito

De ALEXANDRE CRUZ*

As recentes enchentes que devastaram Porto Alegre e diversas regiões do Rio Grande do Sul trouxeram à tona a negligência e a irresponsabilidade de nossos líderes políticos. Em uma entrevista à Folha de São Paulo, o Governador Eduardo Leite admitiu que estudos alertaram sobre a possibilidade de inundações. Apesar disso, ele escolheu focar em outras agendas. Paralelamente, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, foi alertado pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) sobre os riscos iminentes em bairros críticos como Centro, Menino Deus, Cidade Baixa e Sarandi. A resposta de ambos foi insuficiente, revelando um descaso inaceitável com a segurança da população.
Os estudos que previram as inundações não foram apenas documentos técnicos; eram avisos claros sobre uma tragédia anunciada. A declaração de Leite de que “outras agendas” foram priorizadas soa como um insulto para aqueles que perderam tudo. Governar é sobre tomar decisões difíceis, mas a escolha de ignorar alertas de catástrofe em potencial é uma decisão que vai além da negligência – é um ato de irresponsabilidade.
Melo, por sua vez, foi alertado pelo DMAE sobre os riscos em áreas específicas de Porto Alegre. Bairros como Menino Deus e Cidade Baixa, que sofreram com as enchentes, poderiam ter sido protegidos se medidas preventivas tivessem sido adotadas. A falta de ação do prefeito não pode ser justificada. Em tempos de crise, a inação é tão danosa quanto a má ação. A população esperava proteção e recebeu descaso.
As consequências das enchentes foram catastróficas. Famílias desabrigadas, comércios destruídos, e vidas interrompidas. Histórias como a de Maria, uma residente do bairro Sarandi, que perdeu sua casa e todos os seus pertences, refletem o sofrimento de milhares de gaúchos. Essas pessoas não podem ser vistas apenas como estatísticas em um relatório de desastre. São vidas arruinadas pela negligência de quem deveria protegê-las.
Não podemos aceitar que nossos líderes elejam outras agendas em detrimento da segurança da população. É hora de responsabilizar Eduardo Leite e Sebastião Melo por suas omissões. A sociedade precisa exigir políticas públicas eficazes, investimento em infraestrutura e um compromisso real com a prevenção de desastres. Não podemos permitir que essa tragédia se repita por causa da falta de ação de nossos governantes.
As enchentes no Rio Grande do Sul expuseram falhas graves na gestão pública. A confissão de Leite sobre os alertas ignorados e a falta de ação de Melo mostram um desprezo alarmante pelas necessidades da população. É essencial que esses líderes sejam responsabilizados por suas omissões. A indignação da sociedade deve ser o motor para mudanças urgentes na forma como nossas cidades são administradas.
Não podemos mais aceitar a negligência de nossos líderes políticos. É hora de exigir responsabilidade e compromisso com a segurança e o bem-estar de todos os cidadãos.

*Jornalista político.

Foto: Marcelocaumors/Instagram

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