?>

Curtas

Empresa terceirizada envolvida com trabalho escravo em vinícolas rejeita acordo com o MPT

Empresa terceirizada envolvida com trabalho escravo em vinícolas rejeita acordo com o MPT

Geral por RED
03/03/2023 13:44

A empresa terceirizada Fênix Serviços Administrativos e Apoio a Gestão de Saúde LTDA, responsável pelos trabalhadores resgatados em condições análogas a escravidão, rejeitou o acordo de indenização apresentado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

De acordo com o ministério, a empresa não aceitou o acordo por não reconhecer que os 207 trabalhadores resgatados em Bento Gonçalves, no dia 22, estavam em condições de trabalho análogas à escravidão.

A audiência com os representantes da empresa com o MPT da Bahia e do Rio Grande do Sul foi na quinta-feira, 02.

O MPT-RS concedeu o prazo de 10 dias para que as vinícolas gaúchas Aurora, Garibaldi e Salton expliquem suas relações com a empresa Fênix.

Empresário reincidente

Pedro Augusto Oliveira de Santana, preso em flagrante durante a operação de resgate dos trabalhadores baianos, já teve outra empresa investigada pelo mesmo crime em Santa Catarina em 2015.

A partir de uma denúncia anônima, a Procuradoria do Trabalho em Joaçaba, região oeste de Santa Catarina, abriu investigação conta a empresa Oliveira & Santana Prestadora de Serviços LTDA. Na época, o MPT pediu que fosse realizada uma fiscalização em Concórdia, na mesma região, para verificar as condições dos trabalhadores.

O caso foi arquivado dois anos depois por perda de objeto de investigação. A empresa não atuava mais na região em que o MPT havia sido acionado pela denúncia.

Segundo reportagem do g1, as empresas Oliveira & Santana e Fênix Serviços possuem o mesmo endereço registrado na Receita Federal, na cidade de Bento Gonçalves.

O empresário Pedro Augusto Oliveira de Santana foi solto no dia 23, após pagamento de fiança de cerca de R$40 mil.

“Nós do Sul não apanhávamos”

A coluna TAB do portal UOL, publicou na quinta-feira, 02, o relato de um trabalhador gaúcho que também estava na colheita de uvas das vinícolas na serra gaúcha. O homem afirmou que os trabalhadores baianos apanhavam por qualquer coisa errada, mas os do Sul não.

O gaúcho de Portão, no leste do estado, chegou até as vinícolas apenas ver o anúncio de emprego nas redes sociais. Ao chegar no dia 25 de janeiro, os trabalhadores baianos já estavam no campo.

Ele presenciou pelo menos quatro seguranças entrando de madrugada no quarto ao lado do seu, onde os baianos dormiam, e ouviu as agressões. O caso aconteceu após um dos trabalhadores postar um vídeo denunciando as condições dos uniformes de trabalho.


Com informações do g1 e UOL.

Para receber os boletins e notícias direto no seu Whatsapp, adicione o número da Rede Estação Democracia por este link aqui e mande um alô.

Toque novamente para sair.