Opinião
Economia e História não se separam!
Economia e História não se separam!
De ADELI SELL*
Quem quiser entender a Economia tem que estudar a História. Economia e História não podem se separar, andam juntas.
No caso do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre, em especial, somente uma volta para a História é que nos dará condições de entender as mazelas de nossa Economia.
Rio Grande do Sul foi a terceira força econômica do país. Ficava atrás de São Paulo e Rio de Janeiro. Atualmente, somos o 4º PIB, mas já vem o Paraná por perto e logo vem Santa Catarina, quem diria.
Quando falo de História, não falo só da História Geral, mas também falo da história de famílias e empresas…
Pensem se nossa História não tivesse tido a Guerra dos Farrapos, a Guerra Civil de 1893-95, o conflito entre chimangos e maragatos em 1923.
Pesando assim, seria a vez dos economistas fazerem o cálculo dos desgastes e prejuízos destes três conflitos em menos de 100 anos.
A historiografia oficial e até setores majoritários da esquerda têm os castilhistas como o segmento político inovador do Estado, debitando aos maragatos o atraso. Mas como explicar que a maior inovação no campo foi dada por Assis Brasil, o maior opositor do castilhismo/borgismo?
O RS teve a primeira e mais importante empresa aérea do país. Morreu.
A Livraria e Editora Globo foi a maior do país. Morreu.
O que sobrou da família Bertaso desta mesma Globo?
A Neugebauer sobrevive, mas não está na mão da família original.
A Fiateci morreu.
Mentz, Marquart e Trein fizeram a Vila Farrapos. E o que é dado deles hoje em dia?
O Estaleiro Só ganhou muito dinheiro com a Guerra do Paraguai, mas faliu.
A Renner foi feita a partir do “capitão das indústrias”, do caixeiro viajante e produtor de banha de porco, A.J. Renner, e virou uma transnacional. Esta sobreviveu.
Meu desejo ao estudar Porto Alegre tem entre vários objetivos listar todas as empresas importantes e ver que fim tiveram.
Não sou historiador, faltando-me formação acadêmica. Porém, faço-me perguntas e vou atrás de respostas concretas e não fantasiosas, como tem sido certas narrativas de nossa História.
*Escritor, professor e bacharel em Direito.
Imagem em Pixabay.
As opiniões emitidas nos artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da Rede Estação Democracia.
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