Em processo para nomeação para a presidência do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) fez reuniões virtuais com ministros de Finanças dos países dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Os ministros de Finanças e pastas equivalentes dos Brics, entre eles Fernando Haddad, da Fazenda, fazem parte do Conselho de Governadores do NDB, a mais alta instância decisória do banco e colegiado responsável pela designação do presidente da instituição.

O NDB é presidido de forma rotativa pelos países dos Brics, e o mandato do Brasil vai até 2025. Nas reuniões, Dilma apresentou sua visão sobre o papel do banco e os desafios da instituição nos próximos anos, e, após os ritos formais, aguarda confirmação de nomeação até o fim de março, com a expectativa de acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma viagem oficial à China.

A ex-presidente deve assumir o cargo no lugar de Marcos Troyjo, indicado em 2020 pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes. Troyjo deveria permanecer no posto até o fim do mandato brasileiro, mas sua proximidade com Bolsonaro tornou sua permanência insustentável. A substituição é possível em caso de renúncia ou por destituição pelo Conselho de Governadores. Especialistas que acompanham o tema  dizem que Troyjo não deve criar obstáculos.

Foto: Roberto Stuckert Filho, nas redes sociais de Dilma Rousseff