De AMAURI PERUSSO*

Os primeiros atos do Governo Lula, retirando empresas públicas como PETROBRÁS, EBC, CORREIOS, NUCLEP, CONAB, SERPRO e DATAPREV da lista de privatizáveis, estão corretos e, atendem às recomendações do Relatório do Gabinete de Transição Governamental (pág.60). Há muitas recomendações mais. E, tem a política econômica.

O relatório foi um trabalho inovador, coletivo e voluntário, de centenas de homens e mulheres. Muitos, agora, no Governo. São sinalizações que materializam as imagens da cerimônia de posse. Ato bonito. Ato com alegria comemorativa.

A posse determinou que a democracia está restabelecida (punam-se os golpistas e os financiadores). Democracia é um valor inegociável. Assistimos a posse com emoção. Qual conteúdo, para a maioria do povo, a democracia terá?

A entrega da faixa presidencial, por um grupo representativo da população brasileira expressou sinal de dignidade, em novos tempos.

Colocar um intelectual negro, que combate os efeitos da escravização de humanos, brutal e violenta para obtenção de lucros, determinando um racismo estrutural na nossa sociedade, no Ministério dos Direitos Humanos, revela coragem e determinação.

Resgatar os povos primitivos nos redime.

Alinhar o País com o meio-ambiente sustentável e propor reindustrializar o Brasil é essencial.

Afirmar, no discurso de posse, que “haveremos de revogar a EC 95/2016” – que é um falso teto de gastos – é ato inicial para enfrentar a prioridade concedida constitucionalmente ao setor financeiro e aos especuladores.

Agora, será preciso acontecer mudanças. A pauta deve ser radicalizada. Ir na raiz dos problemas e superá-los.

Assim, acabar com a fome, para sempre. Entregar água tratada para todos os lares brasileiros, recolher e tratar o esgoto, para sempre. Garantir moradia descente para todos. Extinguir o favelamento. Resgatar a educação e a saúde públicas.

A posse foi bonita. O início está bom. Vamos na direção de valores mínimos civilizatórios.

*Presidente da FENASTC – Federação Nacional das Entidades dos Servidores dos Tribunais de Contas do Brasil.

Imagem em Pixabay.

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