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Opinião

De um lado, a luz, do outro, as trevas

De um lado, a luz, do outro, as trevas

Artigo por RED
30/09/2022 15:00 • Atualizado em 30/09/2022 21:51
De um lado, a luz, do outro, as trevas

De JAIRO BOLTER*

No próximo domingo teremos uma grande oportunidade de ajudarmos a decidir o futuro do País. Uma decisão que definirá o caminho que seguiremos, não só ao longo dos próximos quatro anos, mas por décadas. Teremos que depositar o voto de forma responsável e certeira, uma vez que não decidiremos apenas o nosso futuro, mas sim o futuro que queremos para as próximas gerações. Esta decisão, sem dúvida alguma, será a mais importante dos últimos 30 anos.

De um lado, um projeto político da perspectiva de futuro, em nome de 33 milhões de pessoas passando fome, 10 milhões de desempregados (mais da metade da população do Brasil), 125 milhões de brasileiros e brasileiras que passam por insegurança alimentar, das 8 milhões de crianças em situação de pobreza e sem uma merenda escolar decente, além de milhões que necessitam dos remédios do SUS.

Do outro, o presente projeto político, sombrio, sem nenhuma perspectiva. Que nada fez e ainda desdenhou as dores dos familiares e amigos de mais de 680 mil mortos causados pela Pandemia.

De um lado, a valorização dos espaços de decisão, a participação social e sindical. Do outro, o autoritarismo, a violência e a postura ríspida de afrontamento ao contraditório.

De um lado, a defesa da Lei, da ordem democrática e da liberdade. Do outro, a tentativa constante de desvalorização e desqualificação das instituições.

De um lado, a valorização da educação e da ciência. Do outro, o negacionismo e a tentativa constante de desacreditar a verdade.

De um lado, a valorização da universalização do ensino, da escola inclusiva, democrática, participativa, laica, aberta, de valorização dos saberes. Do outro, a política da Universidade para poucos e da escola cívico militar.

De um lado, a paz, as políticas de inclusão, de assistência social, econômica e cultural. Do outro, a valorização das armas, das guerras.

De um lado, o arco-íris. Do outro, um monólogo em um só tom, o do medo.

Cabe a nós todos decidirmos de que lado estamos e que País queremos. Não podemos nos abster de participar deste importante momento de nossas vidas, onde o meu, o teu, o nosso futuro está em jogo. A nossa família e os nossos filhos precisam de nós, o País precisa de nós, as nossas Instituições precisam de nós. Enfim, o futuro depende de nós.

No dia 2 de outubro, vou depositar na urna o voto de esperança, de amor e de perspectiva de futuro. Depositarei o voto em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, da ciência e por mais valorização dos profissionais da educação, por acreditar fielmente que só teremos futuro se conseguirmos eleger representantes políticos que realmente nos representam.

Precisamos construir um País melhor, mais justo, fraterno e igualitário e certamente o melhor caminho a trilhar é o da educação e da ciência. Precisamos investir fortemente em educação e ciência para formarmos cidadãos e cidadãs, profissionais, qualificados, competentes, responsáveis e conscientes de seus atos e suas atitudes.

Que possamos ter dias melhores escolhendo o melhor projeto de desenvolvimento político, econômico e social para o nosso País.

*Presidente da ADUFRGS-Sindical.

Imagem em Pixabay.

As opiniões emitidas nos artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da Rede Estação Democracia.

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