A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas determinou que quebra do sigilo das empresas ligadas ao empresário Daniel Barbosa Cid, irmão do tenente-coronel Mauro Cid. Daniel está envolvido com milícias digitais e divulgação de informações falsas.

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora na CPMI, é autora de dois requerimentos aprovados. O primeiro pede que a Secretaria da Receita Federal informe a existência de registros de empresas estrangeiras no nome de Daniel. O segundo determina que o Banco Central do Brasil encaminhe informações sobre o empresário.

“A imprensa noticiou que o irmão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República operou “milícia digital” contra as eleições e disseminou fake news. É necessário saber os negócios que a família tem no exterior para, posteriormente, investigar o caminho do dinheiro que pode levar aos financiadores do golpe tramado”, escreveu a relatora nos dois requerimentos.

Em maio, uma reportagem do site Metrópoles mostrou que Daniel Barbosa Cid é o criador e o administrador do “brasileiros.social”, página que hospedou documentos usados em mensagens falsas disparadas pelo Telegram e em lives feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Entre os documentos estão o falso estudo sobre a eficácia de tratamentos precoces contra a covid-19 e o inquérito sigiloso da Polícia Federal (PF) sobre tentativa de ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que foi vazado por Bolsonaro. Ele já foi ouvido pela PF e afirmou ter colocado documentos no site a pedido de seu irmão, Mauro Cid.

A reportagem também revelou que a família possui duas mansões registradas em um trust chamado “Cid Family Trust” nos Estados Unidos e que Mauro Cid fazia remessas de dinheiro ao exterior.

Leia mais: Casas milionárias e milícia digital: reportagem mostra os negócios da Família Cid nos EUA e a relação com Bolsonaro

Foto: Reprodução.

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